segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Lembranças: ♪às vezes o que eu vejo, quase ninguém vê!♪

As lembranças são como fotografias, às vezes, buscamos, olhamos e novamente as guardamos.
Elas duram o tempo suficiente para nos remeter a um instante que não voltará mais.
Estarão lá, sempre!
Estarão lá escondidas e sempre que quisermos, elas tomarão o espaço de anfitriã.
Lembranças são feitas de fatos que nos fizeram ser quem somos hoje. E hoje, construiremos aquelas que se tornarão mais lembranças.
          Nesse processo dinâmico é permitido retroceder e entender, por quê determinadas situações ou ações aconteceram. Mas essas sempre transmitirão o olhar da pessoa que está relembrando assim, refletindo apenas uma das possibilidades de uma mesma história. Essa lembrança estará impregnada pelos valores, sentimentos, pensamentos e ações de uma dada pessoa.  
          Não estou negando e desqualificando as lembranças. Apenas apontando que esse mesmo momento pode ser narrado de diferentes maneiras, dependendo de quantos participantes estejam envolvidos. Assim, construindo de forma diferente esse mesmo momento vivido.
            Por isso, as lembranças, são intransferíveis e subjetivas.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Quem somos nós: Os espaços da educação.


Pensei em que momento deveria escrever sobre isso e hoje percebi que poderia ter bons motivos para dizer como é se sentir após um ano de formatura esse momento torna-se propício devido o dia das crianças e também o dia do professor, 12 e 15, respectivamente. Com certeza! O momento é esse...
Alguns me questionaram nesse um ano como Pedagoga e de efetivo contato com a diversidade que envolve o mundo da educação, se o que eu estava passando era necessário. Mas para mim, penso que sim. Afirmar que os conflitos profissionais, de interesses divergentes, de incompreensão de tantos que não conseguiram acompanhar a minha escolha e principalmente,  meu entendimento sobre como se efetiva, na prática, a educação. Tudo isso me fizeram amadurecer e principalmente, foram perguntas que me perseguiram e, na realidade, hoje me parece necessário compreender que muitos estarão no meu caminho para me colocar a dúvida sobre aquilo que eu escolhi. Mas digo, a essas pessoas que entraram em um jogo que já saberão o resultado. Sinto mas perderão, na verdade para mim vocês entraram e saíram da minha vida mas o meu objetivo sempre será conquistado. Pois a minha profissão tem uma dimensão maior que o seu pequeno e minúsculo espaço não permite enxergar.
Para chegar a essa conclusão foi necessário entender a realidade como algo que está sendo construído e a partir dessa simples e importante compreensão percebi que o espaço educacional está em constante modificação. Isso é bom? Em alguns conceitos é excelente! Em outros conceitos continuamos reproduzindo valores que perpetuam e que, no meu entendimento, somente serve para segregar e cercear ainda mais as pessoas. Partindo dessa temática e desse conceito eu entendo que educação não é algo que foi posto e deve permanecer reproduzido nas nossas atitudes e ações. Pensando dessa forma, minha trajetória acadêmica  me apresenta mais um lugar de confronto com tudo aquilo que eu considero ideal ou que minhas superficiais analises acadêmicas não pensavam existir. Para mim, desconstruir alguns paradigmas me fizeram perceber e compreender que sou uma profissional em constante mutação. Assumo e me permito errar ainda mais, não que o erro seja a única forma de aprendizado mas me ajuda a refletir bastante. Aquilo que está aos meus olhos dentro da normalidade, por muitas vezes, passa despercebido para uma análise criteriosa. Como afirma Da Mata “O estranho pode parecer familiar e o familiar pode parecer estranho”. E sem dúvida é assim que é...você somente questiona aquilo que você considera errado ou que não aceita como “natural”.
 Para minha surpresa encontrei pessoas que acreditam na instituição escolar e que essE ainda é o melhor espaço. É nesse ambiente que nascem e se confrontam os maiores e mais peculiares debates sobre cidadania, valores e de convivência.
Essa semana, senti e me envolvi em algo que, para mim, precisava ser concluído. E foi concluído da melhor forma possível! Todo o meu empenho com essas pessoas se deu ao longo do ano passado. São pessoas que me apresentaram um novo olhar para situações que eram distantes de mim. Foram pessoas que me fizeram perder noites de sono me questionando que diferença eram essas que me saltavam aos olhos e me faziam questionar. Enfim por que eu não conseguia vê ou não queria vê. Foram pessoas que me mostraram a uma condição que a universidade não contemplou em 4 anos e meio. Foram elas que me receberam da melhor forma possível, me mostraram o que é ser um profissional da educação. Foram elas que me apresentaram a baixada fluminense, foram elas que me disseram e me exigiram ser uma profissional. Foram elas que me disseram que embora muitos queiram que eu desista da profissional que eu sou que eu tenha discernimento, força e coragem sempre para lutar contra eles. Hoje eu compreendo que tudo que estou passando é necessário para o meu compromisso com os meus alunos e professores que estão diretamente envolvidos no processo educacional. È para eles que eu trabalho e me sentir como parte integrante do desenvolvimento deles me deu mais força para continuar e para aqueles que menosprezam aquilo que eu faço, apenas digo desculpa mas não é você o foco do meu trabalho. São as pessoas difíceis, que me fortalece para que eu permaneça lutando.
Termino com algo que está ecoando na minha cabeça dito pela minha orientadora e grande incentivadora Virginia Hortale “o que importa na verdade é que tenhamos calma e sabedoria para lidar com essas pessoas, pois são tão pequenas que nem sabem o mal que fazem a elas mesmas.  Somos fortes para superar isso!”
FELIZ DIA DO PROFESSOR!

domingo, 3 de outubro de 2010

A árvore e o vaso



Sinto, mas não poderemos mais uma vez tentar acobertar algo que não frutifica. As raízes estão sufocadas dentro de um vaso que não sustenta o tamanho que a árvore deseja ser. Essa árvore estava minguando, amarelando, ficando sem folhas isso não é bom para essa árvore. Os frutos nunca vieram. A estação demorava alguns meses e logo o tempo escasso delegava para ninguém a responsabilidade de regá-la. Parece que o cultivo era somente necessário em momentos estratégico, fora desses momentos, a mesma era renegada ao esquecimento. O tempo passava, a colheita chegava e novamente poucos frutos eram colhidos. Os anos passaram e o que parecia certo, por muitas vezes eram novamente questionado. Mas a árvore se adaptava ao vaso que tentava acolhê-la. De tanto se adaptar a mesma desejava respirar, alargar, esticar, crescer até alcançar a maior altura que todos pudessem vê-la e admirá-la. E assim fez, de forma nunca antes realizada por ela. Suas raízes já não obedeciam, não aceitavam as limitações impostas pelo vaso e dessa forma elas foram se expandindo conhecendo novos adubos, temperaturas diferentes de terra, de luminosidade e umidade. Rompeu com o vaso que a limitava e hoje ela se encontra muito mais bela. Seus frutos estão muito mais saborosos e belos, definitivamente, tornou-se cobiçada por muitos. E seu antigo vaso, parece que está tentando voltar para novamente colocá-la nesse ínfimo espaço que não lhe cabe mais...