sábado, 16 de julho de 2011

O acaso é estranho e desafiador?


Hoje acredito que sim!. Por mais que tentamos ter a certeza que tudo está sendo construído por nós mesmos, as situações surgem para comprovar que algo ou alguém também pode conspirar para que determinadas situações persistam em acontecer. Parece uma crônica mística e talvez eu esteja desejando que assim seja. Nesse momento deixarei que o meu comportamento cético não se manifeste nesse texto e sim o fluir do vento, dos astros, das colinas, do ambiente, da lua e de tudo mais que seja energia desse mundo mundano!
            No primeiro momento estamos lá diante da situação e nos questionamos o porque de determinada situação estar novamente acontecendo. Aquilo que já deveria estar adormecido ou por segurança esquecido, ressurgi como uma erupção. E realmente não deixa de ser! Colocamos para fora tudo aquilo que estava no interior com uma força surpreendentemente maior daquela que já existia. E quando nos damos conta esse eclode para dizer que ainda está bem forte e ainda mais perceptível. Talvez seja uma forma de chamar a atenção para uma realidade que não gostamos de percebê-la.
            Gostaria de ter as respostas que afligem o meu ser, mas não as tenho. Talvez por ser humana demais. No momento oportuno, quando eu as encontrá-las, farão sentido. Hoje ganho mais refletindo sobre cada acontecimento como um eterno aprendizado e amadurecimento pessoal e único.
            Garantir que estejamos nos comunicando por essas formas ditas não convencionais, demonstra o quanto ainda temos que aprender. Acredito que somente quando já aprendermos e apreendermos tudo que era necessário é que nos tornaremos LIVRES. assim estaremos prontos para buscar novas certezas porém, enquanto elas não são finalizadas ficamos nós aqui, assim, nessas dúvidas que emperram nossas vidas. São tantas incógnitas que essas me deixa transparecer total irritação. Talvez seja esse o aprendizado e como ainda não sei lidar com tanta ausência, incompreensão e oscilações esses mesmos sentimentos aparecem materializados em uma única pessoa. Nossas dificuldades serão postas a prova em cada momento vivido já que os consideramos os grandes entraves para a nossa “boa” convivência. Talvez consideremos mais fácil equilibrar na corda mesmo com receio ao contrário de nos arriscarmos ao incerto e a dúvida se existirá acolhida na rede de segurança e é exatamente essa expectativa que envolve todo esse espetáculo.
Nossas vidas são entrelaçadas demais e por mais que a negue o direito dela...ela nos contempla com o melhor de nós. Não serei respeitada por mim mesma por falhas ou atos que cometi. Se os cometi, não me envergonho. Foram frutos de um processo de aprendizado por vezes dolorido, mas um aprendizado. Vestimo-nos adequadamente e de acordo com o personagem que queremos representar. Às vezes representamos tão bem que o mesmo fica invisível até para o ator em potencial. E de tão bem interpretado, dificilmente percebemos as nuances que demonstrariam que era falsa aquela construção de pessoa que nos estava sendo apresentada.
Por vezes, a mesma de tão bem interpretada não nos permite notar seus lapsos de características reais. Fatalmente já estamos impregnados por outros sentimentos que, nos dificultam ainda mais um rompimento brusco.
Esse reencontro sempre parte de um novo olhar sobre os mesmos personagens. Essa nova lógica de percepção nos enriquece e nos fortalece enquanto pessoas únicas e enigmáticas.
O encantamento sobre algo dura o tempo necessário para me mover em sua direção e é exatamente isso que acontece!
Renovado está...

Abraços,
JN

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Frase que faz sentido, hoje!

"Quando me amei de verdade, comecei a perceber como é ofensivo tentar forçar alguma situação ou alguém apenas para realizar aquilo que desejo, mesmo sabendo que não é o momento ou a pessoa não está preparada, inclusive eu mesmo. Hoje sei que o nome disso é... Respeito." Chaplin

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Contando uma nova história

Para alguns leitores devo parecer como uma escritora sofrida ou melancólica  posto que relendo meus post, eles descrevem um certo sofrimento. Desculpe! não é essa impressão que gostaria que tivessem de mim. Mas tenho que admitir que minha produção é maior quando estou com raiva. E para a minha motivação são sempre os textos que recebo os melhores elogios dos leitores. Engraçado perceber como a escrita vai entrando em nossas vidas de maneira tão intensa e quando percebemos estamos dialogando e ao mesmo tempo, organizando nossos pensamentos.
Hoje dedicarei a escrever sobre pessoas que fazem o meu dia-a-dia mais alegre. Estou falando das pessoas que trabalham comigo nos mais diferentes locais desse imenso Estado do Rio de Janeiro. Esses, assim como eu, vivem nessa loucura de fazer a educação pública de qualidade acontecer em cada sala de aula.
Falarei de pessoas que me fazem tão bem... Semana passada comentei. Estive em um lugar que a estrutura do município é construída para que a realidade seja entendida como sofredora. O transporte urbano, as ruas com tantos buracos mesmo no centro desse município, a poeira enfim a falta de estrutura urbana desse município que a cada temporada que estou lá, me parece mais expressiva. Pois bem, não necessariamente essa descrição seria suficiente para descrever a população que lá reside. A comunidade é muito mais solícita e cuidadosa com as pessoas sejam essas, visitantes ou moradores. Nesse município o diferencial são as pessoas!
A rotina de trabalho não as deixam desanimadas ou mal-humoradas. Teríamos tudo para apostar que diante de tanto sofrimento, de tanta incompreensão e de tanta falta de investimento dos governantes os profissionais seriam desanimados ou pouco preocupados com a sua prática. Mas o que os motiva? Encontrei a resposta em mim mesma...para todos de alguma forma esse processo faça algum sentido.
Como escrito por Eduardo Galeano "A utopia está lá no horizonte. Me aproximo dois passos, ela se afasta dois passos. Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos. Por mais que eu caminhe, jamais alcançarei. Para que serve a utopia? Serve para isso: para que eu não deixe de caminhar".
Às vezes percebo que na baixada ou no interior as pessoas são mais solícitas e cuidadosas com os seres humanos. Talvez seja por não estar diariamente nesses lugares que essa percepção é emanada em mim. Seja como for, é melhor assim. Essas pessoas sabem o que realmente importa nessa vida. Talvez meu sorriso seja mais LIVRE nesses lugares pois eles me lembram como tudo é tão lindo e por que não, como eu também sou. Nossa vida cotidiana nos consome de tal forma que deixamos de nos elogiar, cortejar ou simplesmente olhar verdadeiramente a pessoa que está ao nosso lado. Estranho como nos percebemos em uma dinâmica tão louca que o ato de acordar e dormir ficam restrito por atitudes totalmente mecânicas e repetitivas.
A vida pode ser muito mais que pessoas chatas a sua volta. Se o baixo-astral invadir o seu ser, que ele não te contamine por completo. Retire esse sentimento o mais rápido possível de você.  Na falta de motivações internas,
vá vê as pessoas na rua,
vá vê o dia que está diariamente te dizendo e te mostrando que está ali, mas você estava sempre muito ocupada para percebê-lo.
VIVA!!!
Aproveitando junto com essa minha reflexão semanal tive a oportunidade de assistir essa entrevista que, como penso, a maneira como contamos uma história pode criar esteriótipos.
"O poder é a capacidade de não só contar a história de uma outra pessoa mas de fazê-la a história definitiva dessa pessoa"

Abraços,

sábado, 2 de julho de 2011

O dia que eu espero a certeza que nunca virá....

Hoje tem exatos 30 dias que uma nova realidade me foi posta. Fui questionada sobre a minha competência como Pedagoga para lecionar para alun@s do curso Normal (ensino médio).
A academia que por muitos anos acreditei ter me preparado para o mercado de trabalho público, não correspondeu a realidade. Talvez eu tenha subestimado a minha graduação. O curso de Pedagogia me parece, hoje, uma incógnita. Eu que acredito na educação pública de qualidade, estou sendo impedida de ocupar esse ambiente que tanto almejei alcançar.
            Para mim, essa realidade me apresentou uma dinâmica que está sendo construída para desqualificar a formação do pedagogo. Para aqueles que me perguntavam durante a graduação o que o pedagogo faz, e prontamente, respondia. Hoje não tenho tanta certeza da resposta a ser dada. Já que nem eu sei mais em que espaços eu posso atuar. Chegar depois de dois anos de conclusão do curso em uma universidade pública e me perguntar para que serve, tem me deixado um vazio. Esse que será ocupado por nada além da aflição de ser desafiada a prosseguir.
O espaço deixado por essa burocracia arcaica também me remeteu a uma reflexão realizada ainda na universidade. De fato, se estamos em uma sociedade letrada onde o único modo de comprovação de sua capacidade é através do que está escrito em um papel me questiono porque a Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ, não escreveu no meu diploma aquilo que a burocracia enxerga como válido. Pois é, a universidade me capacitou para passar em um concurso público do Estado do Rio de Janeiro mas não para legitimá-lo dentro de uma sala de aula. E por quê? Também estou me fazendo essa pergunta há um mês e ainda não encontrei a resposta. Talvez seja a inércia política que envolve qualquer unidade de ensino que engessa as decisões que realmente são importantes.
Cada um por si esse é o lema, como Bauman relata muito bem, da pós-modernidade. E a educação, embora tente se enraizar em um passado tão distante dessa nova sociedade, também se percebe como autora de situações que contradizem com seu ideal de educação pública e de qualidade para todos.
Não estou questionando o meu profissionalismo e/ou minha carreira escolhida para o mercado de trabalho, apenas refletindo sobre a dinâmica social do momento, que me faz observar com muito mais cautela sobre tudo e todos.
Talvez a impressão de dias melhores e meu otimismo característico tenham tirado férias sobre isso. Quando eu reencontrá-los, volto a escrever sobre coisas mais amenas.
Abraços,

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Confuso


Vontade de escrever...
Escrever apenas para organizar aquilo que está tão confuso e conflituoso... meus pensamentos!
Hoje tenho refletido sobre como o ser-humano é egoísta. Somos todos impulsionados pelo nosso egoísmo. Se sentir usada não no sentido sexual, hoje refletindo sobre isso, penso que essa é até a mais sincera da utilização de uma pessoa. Ser usada na convivência é estranho e por muitas vezes, pouco perceptível no dia-a-dia. Quando essa é notória já está tarde demais para retroceder e por que não, fazer tudo ao contrário.
Devemos aprender...
Aprenderemos a nos defender a cada nova iniciativa semelhante a essas em nossas vidas. E quando esse tipo de situação aparecer, ficaremos mais cautelosos.  Acometeremos nosso ser por um sentimento de desprendimento sobre aquilo que os outros entendem como urgente. Percebendo nossa anuência, esses parasitas tentaram te pressionar. Mas não nos abateremos...
A vida talvez entenda o que estou dizendo...e isso me basta!
Abraços