sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Passado, presente e o futuro?


“Educar é impregnar de sentido o que fazemos a cada instante” – Paulo Freire

Hoje li essa frase.
Hoje ela faz muito mais sentido pra mim.
Pensei alguns dias que precisava fazer uma retrô e como sempre ponderar as coisas positivas e negativas que passei ao longo do ano. Mas percebi que não faz sentido!
Não vou listar nada cronologicamente mas talvez o segundo semestre de 2012 tenha sido o de maiores mudanças/aprendizado. Pois é, os 31 anos chegaram com tudo. Perdi meu querido Rex e logo em seguida minha querida tia/madrinha. E aquilo que em mim já estava mais que enraizado tomou ainda mais forma e a vida foi ainda mais valorizada com as pessoas que eu quero bem. Assim, aquilo que já vinha trazendo como meta desse ano se fortaleceu ainda mais: Não perder as oportunidades de estar com as pessoas por causa de papel ou compromissos de trabalho.
 Tudo no seu tempo e foi o que mais fiz nesse ano.
Liguei o FODA-SE com muita categoria. Pelo menos pra mim as críticas ou os discursos de um tal “descompromisso” não me afetaram. Realizei aquilo que era necessário fazer. Nem mais nem menos, apenas o NECESSÁRIO.
Para alguns soou como certa intolerância... mas por mais que façamos não vamos agradar todo mundo mesmo, né?
E eu a cada dia me desvincilhava daquilo que não me contemplava e passei mais e mais a agradar apenas uma pessoa: EU.
Que soe egoísta essa frase. Não estou muito preocupada com isso. Ser diferente incomoda muito. Pago um preço alto, muito alto. Às vezes,  me pergunto se vale passar por isso...
Mas aí vem a VIDA e me mostra mais uma vez a resposta: Sim, vale!
Seja sincera com seus ideais que o mais acontecerá...
Por isso, mesmo com essas duas perdas incalculáveis pra mim... Só tenho que agradecer pelo ano de 2012 porque no mais, tive muito aprendizado!

Abraços,
JN

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Mudanças


Eu estou mudando...
de horários,
calçada,
Lugares,
Pessoas,
Mudando...
Mesmo assim,
Nos encontraremos
E nesse momento
Perceberemos,
Que mudamos
Sem nem mesmo precisar
Mudar de lugar...

Abraços,
JN

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Veta Dilma! Em favor de quem?




Noticia de hj: O RJ tá uma ZONA, dentre tantas, me refiro a poluição visual. Essa só serve para ser cobrada quando não é a prefeitura e o governo do Estado que estão fazendo... 
É muita afronta p/ pouco espaço... 

VETA DILMA! Contra a injustiça em favor do Rio. (???)
Hoje, andar pelo RIO, está assim: Se você ousar não querer vê essa campanha. Eles dizem: eu te obrigo mesmo assim!! No famoso, a democracia impera, só que não!! Olhe para um lado ou para outro você verá a seguinte convocação sendo vinculada: VETA DILMA! Dia 26/11 todos na Cinelândia. Contra a injustiça em favor do Rio. Saber o que realmente é isso, pouco importa.
O Estado na sua melhor ideia populista pensa: Vou explorar, só mais um pouquinho, o povo... faz essa convocação que NADA tem de popular. Eu ainda me impressiono que o Estado organize manifestações ditas populares... E ele usa todos os artifícios disponíveis demonstrando todo o seu PODER... dinheiro a gente tem!! Bastante propaganda e para ter certeza que o evento não será um fracasso não basta apenas um bando de publicidade, vamos dá ponto facultativo, ônibus, Metrô, Trem... fora os ônibus fretados... Que venha Campos dos Goitacazes e quem mais quiser!!hehehe
Se o Estado tem esse poder todo em algumas horas pq não dá passagem de GRAÇA todo dia??? ah!! como sou ingênua, todo dia é ideia de vagabundo!!huahua
Para não dizer que não falei de flores a única coisa que me deixou muito FELIZ foi que retiraram essa propaganda marqueteira barata na frente do Theatro Municipal... Não sei se por hora... mas mesmo assim essa poluição visual saiu de lá...

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Em um dia de domingo

Andei pela cidade do Rio de Janeiro...
Vi alguns espaços históricos sendo tomados pelo Estado para uma tal convocação chamada VETA DILMA. E propaganda reforça contra a injustiça?!
Bem acho que estou enlouquecendo...
Para mim é tão esquisito quando as mobilizações deixam de ser sociais para se tornarem APENAS estatal.
O Estado em mais uma representação do seu poder, também econômico, estampa sua campanha nos principais prédios do centro do RJ e passarelas da Av. Brasil.
Contraditório...
Só não vi nada estampado na Câmara de Vereadores e na Assembléia Legislativa...
Mas no Theatro Municipal, pode?
Manifestação que nada vai favorecer a cultura ou a educação...
Não sabemos onde todo esse dinheiro do petróleo vai parar.
Mas, com certeza, não será na conta da cultura, da educação ou muito menos da saúde mas enfim, devo estar sendo muito pessimista.
E no meio disso tudo,
Decidi ter um olhar sobre isso... em fotos!

Fotos do Rio de Janeiro
Abraços,
Juliana Nascimento.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Philia

Eu nunca cobrei o tal AMOR.
Mesmo assim penso que eu o tinha...
Hoje me bateu saudade e me permiti olhar uma única foto.
E diferente do que muitos possam imaginar
Não estamos impressos nela,
Estamos atrás,
Nos bastidores,
Como gostávamos de ser...
Sem grandes divulgações...
Recordo-me do sorriso daquele dia...
Que sorriso!!!
Coisas tão banais que me elevavam aos melhores momentos.
Fui...
Sem querer,
Mas eu fui...
E quando vi...
Estávamos no hoje...
Você aí
E Eu...
Entre o aí e o aqui... 

Abraços,
Juliana Nascimento

PS:  Quando a saudade emanar, eu escreverei. Para que o texto guarde aquilo que um dia foi vivido!

domingo, 28 de outubro de 2012

E o mar levou...

Olhar para vida!

Enquanto muitos tentam me entender
Eu desejo apenas me compreender.
Não quero entender porque fizeram isso ou aquilo
Já foi feito!
Não muda nada na história ou na vida de ninguém...
Compreender sim, esse muda.
Não no outro,
Muito menos a percepção que o outro quer ter sobre mim
Mas muda aquilo que observo nele
E isso sim, me faz crer menos em erros ou danos que serão cometidos por nós dois.
Quando percebemos que não precisamos entender ninguém...
Talvez aí sim estará o maior crescimento individual
Enquanto tentam me entender...
Vou buscando me conhecer.
Enquanto ficam me apontando os meus erros
Vou buscando me recolher...
E quando observarem bem de perto
Estarei ao longe
Acenando da viagem que fui fazer...

Abraços,

Juliana Nascimento.

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Processo eleitoral no município do RJ


Gostaria de compreender a quem estão atacando quando vem até a minha página deixar mensagens de deboche sobre as eleições?
Desculpa se pensamos diferente! E nesse momento percebo o quão divergentes também somos nas nossas ações. Não penso que o debate deva ser entre o vencedor e o perdedor ou entre o mocinho e o bandido... fato que está posto: Teremos Eduardo Paes por mais 4 anos na prefeitura do RJ (Isso se ele realmente cumprir todo o tempo de mandato). Reducionista demais é pensar que nosso posicionamento político se restringe a roupa ou o nome que colocamos em uma rede social. Claro, elas também representam nossa identidade porém não restringe nossas ações.
Fico inquieta com essas manifestações de implicância gratuita sobre a não vitória do Marcelo Freixo nas urnas, mas digo que não irei rebatê-las. Não estou aqui para convencer ninguém sobre minhas ideologias políticas. 
Vencemos quando olhamos os números do Freixo. Vencemos quando percebemos as juventudes se manifestando como parte dessa história. E assim percebemos que falar sobre política não é algo chato ou piegas. Podemos e devemos sim, falar sobre POLÍTICA em qualquer lugar.

Quem ainda não percebeu é pq está muito preso aos valores imbricado por essa política assistencialista que insisti em ser propagada como a que dá bons resultados. 
Trabalhamos no patamar das ideias e dos ideais coletivos e tivemos como resultado um significativo número de eleitores com essa mesma concepção. Isso nos respalda para diálogos futuros. Com certeza estamos no caminho certo. 
Mas ao mesmo tempo é inquietante para quem ainda pensa que essa política posta hoje, vai perdurar para sempre. Somos novos demais nesse negócio de DEMOCRACIA. Mas estamos avançando à passos largos e percebemos que isso ainda amedronta muitos. Para esses, que não sabem dialogar, a repressão parece o melhor caminho.

Porém enquanto tentam nos sufocar mais alternativas criaremos!! #FechocomFreixo
Abraços,
Juliana Nascimento.

Por que votar no Freixo?

Depois de algumas respostas individuais me parei pensando que devo ser uma pessoa, mesmo que sem querer, com alguma credibilidade na informação. É interessante e ainda me surpreendo com algumas perguntas que me fazem sobre política. Nessas eleições municipais deixei bem claro meu posicionamento político mesmo antes do inicio da campanha oficial.  Antes mesmo de saber quais seriam os candidatos, eu já tinha uma certeza em mente, NÃO votaria no Eduardo Paes pelo simples fato que eu MORO e CIRCULO muito em TODA a cidade do Rio de Janeiro. Eu falo com conhecimento e com percepção dos obstáculos que esse Senhor prefeito nos coloca diariamente para nos impedir de circular pela cidade. É o famoso controle da liberdade das pessoas. Se vc não formence transporte público, tarifas desses acessíveis como vc quer que as pessoas se relacione nessa cidade? Pensar que devemos ter o direito à cidade apenas se puder pagar por todos os serviços. Sinceramente, não é essa cidade que eu quero morar. A cada dia que saio à rua fico mais perceptível o quanto pioramos em quatro anos. Falar em uma cidade turística é fácil quando esse somente passará poucos dias nela. Para esse andarilho tudo estará lindo e perfeito já que o circuito dele se restringe ao espaço centro/Zona Sul. Não é essa construção de cidade que eu quero. Voto, no Freixo 50, por entender que temos posicionamentos ideológicos convergentes. Além do mais essa ladainha de que a prefeitura tem que ter uma boa relação com os outros governos, na famosa, parceria para inglês vê, está mais que comprovado que não FUNCIONA!! Estamos vivemos um corporativismo onde pensar diferente do que está posto tem dificultado e muito nosso crescimento social, econômico e político. Já ouvi dizerem que o Freixo não vai fazer nada... mas nesse momento o que me motiva é a renovação dessa máquina hereditária que insisti em existi na política. E se ele não ganhar quero os vereadores do PSOL com cadeiras lá na Câmara de Vereadores. Essa ideia de harmonia é uma falácia que tentam inculcar nas nossas cabeças. A gente ganha muito mais com pessoas com opiniões divergentes, essas terão que fazer o exercício de debater propostas e o mais difícil entrarem em consenso. Isso sim é DEMOCRACIA. Isso que estamos vendo por aí é apenas a picaretagem desses que defendem seus interesses privados e dos mais escusos usando o argumento que estão fazendo tudo em defesa dos interesses de todos... Você acredita? então seja feliz e de preferência com bilhete único carioca...hehehehehe

sábado, 6 de outubro de 2012

Amor


Quando já não pensava que poderia amar, eu amei.
Estimular cada sentido até que todos façam sentido para mim. 
Degustar os mais imprecisos sabores apenas para acariciar as mais belas sensações do prazer.
Cada beijo que se troca que seja o reflexo daquilo de mais sincero que temos em nós mesmos.
E que o sorriso consiga transmitir essa PAZ  

Juliana Nascimento

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Era uma vez uma linha de ônibus no RJ


Era uma vez a linha de ônibus 2336 que ligava o Castelo (centro do RJ) – Campo Grande (Zona Oeste do RJ) no valor de R$ 5,40, com direito a 4 gratuidades e com porta e acentos para deficientes. Mas o prefeito achou que essa linha estava incomodando demais no lugar no qual era o seu ponto final. O mesmo procedeu, dentro da ideia do choque de ordem, para a mudança do ponto final dessa linha de ônibus. Av. Beira Mar ali perto do MAM. Andar até o Aterro é moleza!! 
Depois não satisfeito simplesmente permitiu que essa linha cuja a empresa é a Pégaso fosse extinta sem maiores explicações para o usuários desse transporte. E no meio de tanta reclamação temos a notícia bizarra que o argumento se apoiava no excesso de linhas circulando no centro do RJ além do mais a empresa poderia escolher (pasme!!) em ficar apenas com uma linha com ar-condicionado. 
Reflita comigo: você, como empresário, escolheria manter uma linha cujo o valor era de R$ 5, 40 com direito a 4 gratuidade e acesso à cadeirantes ou preferiria um ônibus no valor de R$ 8,00 sem direito à nenhuma gratuidade e sem acesso à cadeirantes? É importante lembrar que tempo é dinheiro... e a circulação de um cadeirante “atrasa” a viagem.
Em qual dessas duas opções o LUCRO para a empresa extrapola qualquer margem admissível? Pois bem... como todos devem ter percebido a linha que permaneceu foi a do valor de R$ 8,00 e por causa dessa dinâmica do senhor prefeito, fui empurrada para o Metrô. Fosse simples se para chegar até ele eu não precisasse realizar duas integrações. Então o mesmo trajeto que eu fazia estou gastando mais tempo e dinheiro do que antes.
Pois bem, o que foi feito? nada!!! Porém hoje quando penso que já me surpreendi com tudo que acontece na Zona Oeste... me deparo com um novo ônibus fazendo a integração com o Metrô. 
Pasme!! O modelo do ônibus é o mesmo que fazia o trajeto (Centro – Campo Grande), o nível de sucateamento também. Ônibus sujo, sem nenhum conforto e no valor de R$ 3,30. Não era esse modelo de ônibus que fazia esse trajeto mas o sucateamento já estava ficando visível no ônibus de integração azul da Pégaso. A empresa é a mesma e os problemas são maiores. O nível de degradação é absurdo. 
Lembro desse senhor prefeito dizendo que no seu governo não aceitaria esse tipo de transporte na Zona Oeste (afinal esse Paspalho ganhou por causa dos votos dos surtados dessa região). Mas voltemos ao fato...
Pois bem... até semana passada o ônibus azul estava circulando normalmente mas já tinha ouvido a notícia dessa outra linha porém o preço era superior! Hoje enquanto esperava o ônibus azul me deparo com esse ônibus mas agora com o valor reduzido. Por enquanto temos duas linhas circulando mas nenhuma delas permite nenhum tipo gratuidade e somente essa nova linha permite o acesso de cadeirante. Só que para espanto de alguns lá estava um deficiente fazendo valer o seu direito. Mas ele precisou gritar para ter o mesmo garantido e o fiscal na figura do "bonzinho" permiteu que o mesmo entrasse pela porta de trás. E somente nessa pequena narração da cena já percebemos a violação do direito desse cidadão. Cidadania velada é isso que observamos todos os dias. 
Como pode o mesmo modelo de ônibus com o mesmo validador não aceitar a gratuidade dos idosos, deficientes e estudantes? O ônibus custa R$ 3,30 para um trajeto muito curto. Mais uma manobra do #Fora Eduardo Paes para não permitir a gratuidade já que a mesma é somente aceita no ônibus cujo o valor é de R$2,75. Que coincidentemente está em processo de extinção da cidade do RJ. Tá difícil!!!affff

Abraços,

Juliana Nascimento.

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Eleições 2012 Rio de Janeiro

Depois de algumas respostas individuais me deparei pensando que devo ser uma pessoa, mesmo que sem querer, com alguma credibilidade na informação. É interessante e ainda me surpreendo com algumas perguntas que me fazem sobre política. Nessas eleições municipais deixei bem claro meu posicionamento político mesmo antes do inicio da campanha oficial.  Antes mesmo de saber quais seriam os candidatos, eu já tinha uma certeza em mente, NÃO votaria no Eduardo Paes pelo simples fato que eu MORO e CIRCULO muito em TODA a cidade do Rio de Janeiro. Eu falo com conhecimento e com percepção dos obstáculos que esse Senhor prefeito nos coloca diariamente para nos impedir de circular pela cidade. É o famoso controle da liberdade das pessoas. Se vc não formece transporte público e tarifas desses acessíveis como vc quer que as pessoas se relacione nessa cidade? Pensar que devemos ter o direito à cidade apenas se puder pagar por todos os serviços, sinceramente, não é essa cidade que eu quero morar. A cada dia que saio à rua fico mais perceptível do quanto pioramos em quatro anos. Falar em uma cidade turística é fácil quando esse somente passará poucos dias nela. Para esse andarilho tudo estará lindo e perfeito já que o circuito dele se restringe ao espaço centro/Zona Sul. Não é essa construção de cidade que eu quero. Voto, no Freixo 50, por entender que temos posicionamentos ideológicos convergentes. Além do mais essa ladainha de que a prefeitura tem que ter uma boa relação com os outros governos, na famosa, parceria para inglês vê, está mais que comprovado que não FUNCIONA!! Estamos vivemos um corporativismo onde pensar diferente do que está posto, está atrelado ao discurso da dificuldade do nosso crescimento social, econômico e político. Já ouvi dizerem que o Freixo não vai fazer nada... mas nesse momento o que me motiva é a renovação dessa máquina hereditária que insisti em existir na política. E se ele não ganhar quero os vereadores do PSOL com cadeiras lá na Câmara de Vereadores. Essa ideia de harmonia é uma falácia que tentam inculcar nas nossas cabeças. A gente ganha muito mais com pessoas com opiniões divergentes, essas terão que fazer o exercício de debater propostas e o mais difícil, entrarem em consenso. Isso sim é DEMOCRACIA. Isso que estamos vendo por aí é apenas a picaretagem desses que defendem seus interesses privados e dos mais escusos usando o argumento que estão fazendo tudo em defesa dos interesses de todos... Você acredita? Então seja feliz e de preferência com bilhete único carioca...hehehehehe
Abraços,

Juliana Nascimento

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Mira no quindão da Almira



Hoje o meu quindão mais saboroso precisou ser feito em outro plano. O doce com o amarelo mais perfeito, mais brilhante e o maior tamanho que já desejei que tivesse teve uma encomenda urgente e especial. Para isso solicitaram a maior especialista que já conheci em matéria desse doce. Minha tia e madrinha, a pessoa que me fazia o melhor e mais saboroso de todos os quindões. Minha tia e madrinha sempre cuidadosa em me proporcionar o melhor de todos os momentos fazia uma das coisas que mais nos unia: O quindão.
A simbologia desse doce vai além de um simples doce gostoso e muito calórico. Ele representa a lembrança de todos os anos de nossa convivência. Do cuidado que tinha para que eu estivesse sempre feliz e próxima à ela. Ele era usado quase sempre como mais um atrativo dos encontros que realizávamos. E depois de um convite rápido para mais uma comemoração vinha sua habitual frase...Ju vem que eu farei seu doce... e sempre com a fala das mais infantis dizia: uhhh, vou com certeza!
Como posso pensar que de agora em diante ninguém lembrará que eu gosto desse doce? Mimos que somente quem se importa com a gente consegue fazer por mais que estejamos na categoria “adultos”. Minha tia era assim, mesmo que eu não estivesse mais tão exigente nas minhas tantas manias ela persistia em colocar à mesa sempre a minha sobremesa favorita. Esse era o nosso vínculo de lembrança de infância sempre notória na nossa relação.
                Hoje talvez não esteja tão confortável em dizer que ela foi embora e nunca mais voltará. Isolei-me nesses últimos meses para que não percebesse que estava preocupada demais com o que estava acontecendo. Por que não dizer que eu ignorei seu pedido para que eu fosse vê-la por pura incapacidade de admitir a possibilidade de tão brevemente, não estar mais entre nós. Falar ao telefone me parecia mais confortante e por coincidência desde o começo percebia pela entonação de sua voz como estava se sentindo. Talvez uma conexão para além do que a gente deseja existir.
Hoje perdi uma parte importante e responsável pela minha alegria.  Minha tia sempre me mostrou o quão importante era à família. Como todos, nem sempre compartilhávamos das mesmas opiniões mas sempre superávamos todas as divergências que existiam.
E hoje deixo o meu mais belo e inquietante adeus...
Rio, 28/09/2012


sexta-feira, 21 de setembro de 2012

O romantismo ainda está em alta.

A cena se passou em uma praça interna de um espaço acadêmico onde circulam adolescentes e adultos. Um lugar de convivência comum de públicos acadêmicos diversos mas que teve sua rotina de transeuntes modificada. Estava lá sentado, um adolescente que notava-se logo que não pertencia aquele espaço mas por algum motivo permanecia ali sentado e ansioso. Balançava as pernas como se fosse importante para se acalmar, olhava insistentemente para o celular e parecia que a hora, para ele, não passava.
Presenciei uma bela cena!
Podem dizer que é brega, sem criatividade, mas eu adorei. Talvez a namorada dele tenha apenas percebido a cena final e imediata do acontecido, mas o que eu mais gostei foi ter tido a oportunidade de observar o processo de ansiedade e, por que não dizer, foi isso o que mais me encantou.
Eu, sentada em frente à ele, porém com uma certa distância apenas observava a cena. Algo muito particular me fez compreender um pouco mais do por quê do nervosismo dele. Ao seu lado estava lá, cuidadosamente descansado, um buquê. Uma combinação perfeitamente harmoniosa, entre rosas vermelhas e alguma folhagem verde. Lindamente intercaladas. Nada da exuberância exagerada que exigimos para que as pessoas possam fazer uma cena em um ambiente público. E foi exatamente a delicadeza desse gesto que me encantou.
O tempo que ficamos lá. Eu apenas lanchando e ele nos seus intermináveis cinco minutos foram suficiente para perceber e porque não, me atentar que, o romantismo resistiu às normas da automaticidade.
Ele não parecia querer plateia para admirar o seu feito já que o mesmo estava no canto mais escondido e meia luz da praça. Apenas queria proporcionar um momento para dizer que o outro é importante.
Mas ela nem pôde perceber o tanto de superação aquele rapaz estava passando naquele momento. Hoje talvez com o romantismo um tanto quanto distorcido, um rapaz com um buquê esperando uma pessoa tornou-se, no mínimo, intrigante. Pensamos logo que ele fez alguma coisa muito errada e está com aquele buquê como forma de pedir desculpas. Confesso que por alguns segundos também pensei assim.
Infelizmente não dava mais para continuar observando, meu tempo cessou. Mas quando eu estava me preparando para ir e ele mais uma vez olhava o celular... Observo que imediatamente ele abre um sorriso e direcionando o meu olhar em direção do seu foco percebo o porque do sorriso solto.
Era ela!
E, imediatamente, ele pega o buquê!
E realmente, ela não esperava.
Congelou por alguns segundos e logo o acolheu em seus braços. E nesse momento pude observar que era apenas uma cena de uma pessoa romântica já que ela não demostrava nenhuma irritação motivada pela  atitude ou pelo presente que ele oferecia. Pelo contrário! teria passado despercebida essa cena se ela não gritasse para o restante do grupo que, estava do lado oposto para que os mesmos, para que vissem o que ela tinha recebido.
E com essa cena todos que estavam na praça olharam para ela. E o melhor foi perceber o sorriso estampado no rosto das pessoas, independente da idade ou sexo, que estavam na praça. Esse rapaz com esse singelo gesto fez aflorar o romantismo em todos que ali estavam durante um belo fim de tarde no Rio de Janeiro.
Abraços,
Juliana Nascimento.

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

O crack e o Fundão

Observação da semana: 
O prefeito Eduardo Paes e suas políticas higienistas da cidade ainda me surpreende. Ultimamente o foco das operações dele tem sido a Avenida Brasil, próximo da entrada da Ilha do Governador.Assim esse e seus comparsas pensam ser suficiente colocar um cercado perto do viaduto para esconder os viciados em crack  e que esses automaticamente se recolheriam para dentro das comunidades e assim visivelmente estaria resolvido o problema. Mas o que eles deduziam que aconteceria ( entrada para as comunidades próximas) não está acontecendo. E não precisava ser muito perspicaz para deduzir que cada vez mais eles se aproximariam da "intocável" Ilha do Fundão... E mais uma vez a universidade se esconde no seu mundo paralelo e muito belo onde não cabe esse tipo de discussão. Com tantas empresas internacionais já instaladas e outras tantas querendo se instalar nesse espaço me parece inadmissível ainda hoje, estarmos com os olhos vendados para a realidade que está do nosso lado. Depois de alguns dias circulando intensamente por esse espaço e já percebendo essa nova particularidade desse ambiente, vejo nada de diferente sendo realizado. Afinal os funcionários dessas empresas tem ônibus exclusivos, usam seus próprios meios de transporte... engraçado como as pessoas não percebem que no micro de sua reflexão vai ficar parada em algumas dessas vias de saída desse local. Mas quem se importa não é mesmo? Pois bem, acabo de ler uma postagem no FACEBOOK de um assalto na passarela da Linha Vermelha onde a pessoa descreve a assaltante como negra, magra, cabelo curto... 
Não seria o retrato do crack? 
Mas continua o relato como se fosse algo da segurança pública. E ainda ressalta que todos devem fazer sua parte indo na delegacia!! Será que relatar um assalto é suficiente para mudar essa situação? Enquanto pensarmos que o crack ou qualquer outra droga é apenas caso de Segurança Pública e principalmente, o que mais me inquietou foi um comentário onde o indivíduo diz para bater nessa pessoa e o mais espantoso  vários curtindo isso...  ler que pessoas entendem que bater nessa pessoa é suficiente para resolver o problema me coloca em questão quem é essa população dita culta da sociedade?  manifestações de repressão ao indivíduo em nada muda! Me surge algumas perguntas: mataremos quantos de tanto bater? quantos mais jovens, negros e de camadas populares precisarão morrer? tenso, não?! 

Abraços,
JN

sábado, 15 de setembro de 2012

Detalhes da vida cotidiana 1

Hoje eu ri horrores observando uma cena e lembrando de uma conversa sobre atitudes que devemos ter quando auxiliamos alguém com dificuldades visuais. Me veio na lembrança os debatedores falando que as pessoas tem mania de ajudar o cego pegando no braço e achando que está auxiliando. Cara!! como eu ri hj... o rapaz todo solicito pegou no braço da senhora e foi segurando até o outro lado da passarela e conversando com ela. Ele deveria ter cedido o braço dele e ficar um pouco à frente dela para que os obstáculos fossem percebidos. Mas ele além de segurar no braço dela o mesmo ainda andava atrás dela. A guia auxiliou muito mais do que ele. Se deixar o mesmo  realmente pensou que estava auxiliando ela. 
Abraços,
JN

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Parasita


Parasita
Parasita é aquele que, se você observar bem, tem sempre um mais perto do que você imagina.
As características desse parasita são sempre semelhantes:
Pouca vontade de fazer as coisas.
Pouca criatividade, mobilidade e destreza nas mais simples ações diárias.
O que prevalece sempre é a vontade de não querer fazer nada.
Às vezes eu me pergunto como esse parasita consegue ficar assim!?
Sem muita perspectiva de vida. Sempre congelado, sem vida, sem brilho, sem emoção...
Sua inércia sempre me incomoda
Talvez desejasse ser só um pouquinho assim...
Isso me pouparia e muito o sentimento da raiva.
O que será que apetece?
Ser igual um parasita...
Nossa! Que isso nunca se efetive...
Prefiro essa inquietação permanente a perceber que deixei de viver...
JN

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Quando foi que acabou?


Olhei hoje pela janela do ônibus e parecia que, por algum motivo, o trânsito ou talvez a necessidade de transgredir aquele espaço me fizeram lembrar daquilo que já passou.
Sem delongas, lá estava eu vendo meu reflexo no vidro e pensando no que passou.
Por um tempo pensei que aquilo foi o fim.
O fim quando não mais nos olhávamos.
O fim quando o que mais desejávamos eram os momentos solitários.
Os encontros eram combinados sem convergência ou emoção.
Estávamos, realmente, cada um em um dos estremos e cada vez menos perceptíveis ao que estava acontecendo.
Pelas nossas idas e vindas, o tempo foi apenas a ida.
O vindo findou.
O silêncio se tornou cada vez mais expressivo.
Partindo de nós mesmos e quando nos entreolhamos apenas o distanciamento se fez presente.
Aos pares, hoje, fazem solidão.
Cada um seguiu sozinho.
E sozinho permaneceu.

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Remoção no Pico do Santa Marta

Ler esse texto é tipo entrar em um breve túnel do tempo...agora está asfaltado a subida por Laranjeiras! Desbravar pela mata fazia parte dos momentos mais especiais que tenho da minha infância... chegar ao pico ainda com fôlego era o máximo para qualquer criança... ...nem sei se existi ainda esse caminho pela mata... o povo destrói tudo mesmo... A Colônia de Férias ECO era ou é maravilhosa! Não sei se ainda existi, acredito que sim... encontrei Itamar (Coordenador da ECO) ano passado e foi aquele momento de túnel do tempo total.  Conversamos muito brevemente...Sempre fiz tão naturalmente essa comunicação entre asfalto e favela que pra mim torna redundante perguntar por que não conseguimos evoluir? Vê ainda hoje, pleno século XXI, esses absurdos me irrita profundamente...


sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Amar é



Hoje, eu te amei.
Amei vorazmente como já não fazia há muito tempo
Tempo esse cultivado com muito esmero
Mas, por vezes, nublado pelas exposições constante de felicidade tácita
Por fim, quando amei já não sabia muito bem porque amava
E mesmo assim
Eu simplesmente amava
JN

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

O dia em que o Centro do Rio de Janeiro parou

Hoje vi exatamente a cena desse filme... 
Quando cheguei ao centro me dei conta do tempo que não ando por esse espaço mas, percebi logo que teria muito para contar sobre esse passeio... 
Assim que sai do submundo do Metrô me deparo com uma pequena feira de livros na estação Carioca... passo rápido para não cair na tentação de comprar mais um livro!rsrs Logo à frente, na esquina do prédio Av. Central, tem um carinha lá em pé mas estático e feito de ferro apenas para me lembrar da exposição do CCBB... ah! tinha tb uma música rolando mistura de violino e batidas de RAP... Até que era uma boa combinação! 
Essas são algumas das vidas do centro do Rio de Janeiro mas está todo mundo muito apressado para observar esses detalhes. Porém, com o apagar das luzes, aquele monte de gente correndo sei lá para onde teve que parar.  De repente, plena Sete de Setembro com Rio Branco a luz acaba! Todo mundo meio que congelado pensando o que iria fazer... E por sorte eu já tinha saído do prédio, senão seria mais uma pessoa presa dentro de algum elevador! Só deu tempo de sair do prédio, olhar o relógio que marcava 15:03h e atravessar o sinal que fechava e já observava do outro lado da rua a ausência de luz. A loja de esquina totalmente no escuro, olhei para trás e percebi que não era apenas uma loja e sim o quarteirão inteiro! Todas as lojas estavam no escuro e os clientes esperando, afinal, nada funciona sem luz. Em algumas lojas o efetivo de funcionários correram para fechá-las, colocar correntes e os seguranças se aproximaram mais visivelmente das portas. Cenas características de uma cidade onde impera à insegurança. O normal é ter esse tipo de reação. E eu que saí do prédio pensando em comer alguma coisa, fiz uma verdadeira peregrinação já que os lugares não estavam disponíveis como desejava. Lugar para comer? tive que andar mais um pouco para conseguir... estranho essa saída da normalidade e faz a gente pensar como estamos dependentes mais do que nunca, da luz elétrica!! Nada funciona sem... os restaurantes todos com clientes na fila e um breu total. Algumas lojas tentaram manter a normalidade mas como mantê-la inalterada? Mas por fim, enquanto esperava a retomada da vida cotidiana, a Av. Rio Branco virou um lugar que as pessoas simplesmente descem dos prédios e  vão conversar na rua como se fosse mais um fim de tarde em qualquer cidadezinha tranquila!. :) 
JN. 
Rio, 08/08/2012 
PS:Uma crônica sobre os arredores do Menezes Cortez...rsrs

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Universidade Pública e seus abalos

Esse texto me fez recorda a mesa de abertura da Iniciação Científica da FIOCRUZ, lá em 2007. A mesa era com um representante da Universidade da Bahia não me recordo se era a única mas enfim, uma das poucas que já tinha feito adesão ao tal REUNI... na época, claro, era vendido como as meninas dos olhos! Tudo perfeito e me vi da platéia observando a empolgação dos alunos do Ensino Médio que estavam assistindo. Agora sim vamos entrar na universidade pública... e eu na minha inquietação fiz algumas perguntas simples para ele: Como colocar tanta gente em um espaço sem estrutura? Fala-se de restruturação curricular mas será que os profissionais da educação estão preparados para essa nova diversidade de saberes em uma única sala de aula? tive como resposta apenas que é uma coisa complicada... talvez estejamos pensando ainda em tirar a velharia de professores assim talvez tudo se resolva por si só...hehehe Na época, todos gostaram da minha pergunta...fui o orgulho da orientadora (que não estava presente mas antes mesmo de me encontrar já sabia do ocorrido). Mas hoje vejo que não demorou muito para aquilo que pensei lá atrás acontecer! E tenho que confessar, foi antes do que a gente imaginava!

Abraços,

JN

Para onde vão as nossas universidades

O ProUni fortaleceu faculdades de fachada. Já as federais, agora produtivistas, não têm nem prédios. Mas vozes privatistas, "de mercado", criticam a greve
A expansão do ensino superior durante os governos Lula e Dilma foi quantitativamente ampla, tanto para as universidades públicas quanto para as privadas.
O primeiro grupo vivenciou uma expansão dos campi muito significativa, através da profusão de cursos -muitos dos quais, entretanto, pautados pela razão instrumental, de qualidade duvidosa e em sintonia com a era da flexibilidade.
O segundo grupo viu o governo do PT mostrar também um lado generoso em relação aos mercados.
Faculdades em sua grande maioria de fachada, autodefinidas como "instituições do ensino superior", carentes de rigor científico mínimo em sua docência e pesquisa (esta, salvo raras exceções, inexiste neste ramo empresarial), tiveram seus cofres inflados com o ProUni.
Já que os pobres são tolhidos em larga escala das universidades públicas -uma vez que frequentam o ensino fundamental em escolas públicas, que se encontram destroçadas-, o governo Lula encontrou uma saída bárbara: reuniu-os nos espaços privados do ProUni.
De outra parte, deu-se positivamente a ampliação das universidades públicas, através da expansão dos cursos nas instituições federais e da contratação significativa de docentes. Mas o governo o fez deslanchando o Reuni, programa de expansão das universidades federais.
Constrangidos pelo produtivismo (anti)acadêmico e calibrados pela competição, há precarização de condições de trabalho. Os salários são baixos. A carreira, mal estruturada.
Mas o governo não contava que essa ampliação quantitativa tivesse fortes consequências qualitativas: a nova geração de jovens professores, doutores em sua grande maioria, parece não aceitar sem questionamentos esse lado perverso do Reuni, que quer assemelhar universidades públicas àquelas onde viceja o ProUni.
Dando aulas muitas vezes em galpões, sem salas de professores (quando há, sem condições de pesquisar), os docentes, cujos adoecimentos e padecimentos, para não falar de mortes, não param de se ampliar, decretaram uma ampla e massiva greve nas federais.
Querem melhores salários, condições de trabalho dignas e carreira efetivamente estruturada.
Os conservadores dizem, tentando mascarar o desejo pela completa privatização, que a greve dos docentes públicos é uma forma de "receber sem trabalhar". "Esquecem" algo elementar: qual docente, no juízo razoável de suas faculdades, quer arrebentar seu calendário e repor aulas quando deveria estar em férias?
Só mesmo as vozes conservadoras podem identificar uma greve, com suas atividades, assembleias, debates, desgastes, riscos e tensões, como "descanso remunerado", argumento histórico das direitas derrotado pela Constituição de 1988.
Para muitas dessas vozes, a pesquisa e a reflexão livres incomodam. Elas gostariam de privatizar as federais, convertendo-as ou em universidades profissionalizantes ou, ao menos parte delas, em "universidades corporativas", uma flagrante contradição, pois universalidade não rima com corporação.
Há um segundo ponto importante: muitos alegam que é preciso investir no ensino básico, o que os leva a recusar o apoio à universidade pública. Mas alguém seriamente acredita que aqueles que querem destroçar a universidade pública querem, de fato, um ensino básico público, laico e de qualidade?

RICARDO ANTUNES, 59, é professor titular de sociologia na Unicamp e autor de "O Continente do Labor" (Boitempo)

Alforria - Emília Casas


Homens de mim foram donos: Pai, marido, filho, amante

Já despertei do mau sono: De mim sou dona o bastante
Hoje caminho sem pressa
Com sorriso descansado
O olhar só de preguiça
Demorado como missa,
Mas cheinho de pecado
E assim, cheia de graça,
Sem ser a Virgem Maria
Mostro ao homem que passa
Minha carta de alforria
Não crê e diz que me quer(Aí começa seu drama)
De forno e fogão mulher
Mas já sou de mesa e cama
Caiam todos botões
Fiquem calças sem bainha
Guarde todos seus perdões
Pra outra falsa rainha
Sou mulher...isso me basta
Sem rei, sem cetro e nome
Nunca mais santa e casta
Com sede de amor e fome
Só quem escuta a lua
Meu gozo gemido escuta
E assim, só pêlo, nua
Minhas carícias esbanjo
Me entregando toda puta
Pra quem me enxerga só anjo!"



Me enviaram essa contribuição! ;)
Abraços,
JN

domingo, 5 de agosto de 2012

Menezes Cortes - Os contos embalados por esse espaço

IDEIA!! 
Conversando com algumas pessoas percebi um fato muito interessante e, ao mesmo tempo, instigante para bons contos. Muitos dos reencontros da vida tem como cenário a região do centro do Rio de Janeiro, precisamente a região entorno do Menezes Cortes (R. São José, Av. Nilo Peçanha...) por isso estou lançando a ideia. Se você encontrou alguém que não esperava encontrar enfim, uma daquelas coincidências da vida, onde duas pessoas estão no mesmo lugar. Vamos juntar essas histórias!! Vale só contar como foi e o desenrolar do encontro mas não precisa citar o nome da outra pessoa... vamos registrar esse momento... Bem, vou arriscar o meu conto. Caso queira participar, manda mensagem...bjuss!   

terça-feira, 24 de julho de 2012

REX-LUZ


Rex, hoje, foi alegrar outro espaço. Talvez, por egoísmo, eu chore por sentir falta do seu afago, do seu latido para pedir um petisco diferente ou por simplesmente desejar a sua serenidade. Mas devo compreender que ele esteve o tempo necessário para me mostrar sua paz. Se o cachorro parece com o dono, Rex, não tinha muito de mim no aspecto paciência e tranquilidade. Pelo contrário, desejaria muito ter o seu equilíbrio e a dosagem correta que tanto tinha entre serenidade e rebeldia. Hoje, nesse lindo dia de sol, meu amigo foi para um plano mais elevado. Assim como quando chegou, se foi. Sem muita cerimônia ou alarde. Apenas foi... Sem fazer muito esforço para cativar ninguém, até as suas últimas horas de vida, continuava encantando à todos que o conheceram... não somente a família que convivia com ele está abalada mas aquele amigo feito nos poucos dias que permaneceu internado também demonstrou todo seu carinho por ele. Falar que o Rex, meu gordo ou neconeco como também era chamado faleceu, não foi fácil para o veterinário, para o funcionário e muito menos para mim... 

Rio, 24/07/2012.

JN

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Cicatrizes


Hoje pensei como está essa tal felicidade...
E por incrível que pareça surge um bom texto que descreve o que eu sinto e vejo relatado nele uma palavra que me diz muito e que por muito tempo disse para algumas pessoas.
Nunca coloquei em nenhum texto as minhas impressões sobre essa frase. Mas hoje me permiti descrevê-la.
É uma frase simples que diz assim: As pessoas te sugam apenas o que você permite...
Máxima conclusão que eu cheguei, pena que foi à pouco tempo...
Permito dizer que é verdade
Não consigo me considerar vítima, nem mesmo nesses momentos. Ainda sou rígida demais comigo mesma...
Todos os sofrimentos e felicidades que as pessoas me proporcionaram foram porque eu permiti que fizessem. Em nenhum momento considero que fui manipulada ou vítima nas situações mas devo confessar que tem situação que ainda me surpreende...
Gostaria de ter um olho mais crítico ou uma sensibilidade maior para observar ao redor.
Talvez seja a minha própria defesa em perceber apenas aquilo que também me convém.
Não deixarei de confiar nas pessoas pelos fatos que tem me apresentado, somos seres humanos, afinal de contas. É bom lembrarmos isso, sempre. A partir do momento que não mais errámos, deixaremos de sê-lo...
Mas continuo como uma pergunta me inquietando... Por que eu tenho que aprender essas coisas da forma mais estranha?  Deve ser isso...refletir sobre o que está acontecendo em meu entorno... às vezes prefiro não ver, afinal a realidade mais próxima faz cicatrizes muito mais profundas e de difícil cura. 
♫Além do horizonte deve ter algum lugar bonito pra viver em PAZ! ♫
Mas vamos seguir, um dia passa. Mas, por enquanto, vamos apenas mudando o curativo para vê se cicatriza.
Sem mais,
Juliana Nascimento.

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Pôr do Sol

Mais um belo pôr do Sol no município do Rio de Janeiro...

Belas paisagens para reanimar e renovar...reVIVER!

Abraços,

JN

terça-feira, 3 de julho de 2012

Vou Dizer

Não escreverei mais para você.
Não escreverei mais, exatamente, por compreender que posso apenas não dizer nada que você agirá com a mesma indiferença que tem se disposto a perpetuar entre nossos quase monólogos.
Não que isso tenha me irritado ou me censurado. Apenas, percebi que não devo mais escrever.
Não devo escrever até porque quando escrevo para organizar meus pensamentos também me cobro de alguma maneira relembrar, nem que seja por alguns segundos, a sua imagem que está guardada na minha memória.
Talvez também nem seja sua real imagem e sim, a imagem, que melhor selecionei para ilustrá-lo.
Por isso, considerando que você não as merecem, deixo-lhe com sua vida mais ou menos.
Demostre a quem quiser sua felicidade ou a sua insignificante vontade de mostrar socialmente que a tem... Não quero lhe furtar disso. Cada um tem o seu jeito de ser e parece que esse é o seu...
Caramba!! Pior é perceber que não mudamos...
Irritamos o outro apenas para dizê-lo que ainda o amamos...foda demais isso!
Por quantas vezes dividiremos nossas vidas dessa maneira?
Não sei bem, mas cansei...
Cansei dessa incongruência, talvez sejamos mesmos muito diferentes.
Abraços,
JN

domingo, 1 de julho de 2012

Diferenças - Divergências

Simplesmente PARE!
Não entendo muito do SER, Ser Humano. Definitivamente!
Talvez eu seja muito coerente com o que penso que duvido do que tenho visto pela vida.
Chata?
Talvez.
Nunca falei que não era mesmo, posso assumir que sou... nem quero ser a eterna simpática! Talvez até mesmo o meu humor sarcástico tão conhecido, deva ser encantador posto que não me sinto isolada mesmo quando ele está super apurado.
Talvez seja até uma qualidade... não sei bem, critico a mim mesma por diversas vezes e dessa vez não poderia ser diferente
Diz que somos muito diferente e eu digo AINDA BEM!
Já pensou todos pensando igualmente?
Como viver em um mundo sem a contradição?
Sem o outro que te permita refletir essa suposta realidade!
Estranho isso! Pelo menos para mim...
Dizer que somos muito diferentes encerra qualquer tipo de diálogo. É como se finalizássemos qualquer ação de convencimento da outra parte e assim, seguimos!
Abraços,
JN

sexta-feira, 29 de junho de 2012

...

Vou fingir que não sinto saudades assim como finjo que esse mundo é perfeito para mim... #comoégrandeomeuamorporvc

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Para o mundo que eu quero descer

Para o mundo que eu quero descer!
Essa é a frase que tenho repetido constantemente... está difícil! 
Não sei mais nada sobre esse  mundo!
Ele anda louco demais ou será que estou compreendendo ele de outra forma?
Sei apenas que não estou gostando do que ando percebendo
As pessoas estão se matando por coisas tão banais que me espanto com tamanha violência.
As pessoas estão se magoando por coisas que poderiam ter sido evitadas se simplesmente conversassem.
As pessoas estão vazias.
Vazias de AMOR.
Não quero mais ficar nesse lugar!
Prefiro me recolher no mundo que eu escolhi e penso ser o melhor para viver
Os valores, as amizades, as relações... o que seria tudo isso??
Sei lá o que está de tão estranho ou se eu que apenas preferi, seja por defesa mesmo, enxergar aquilo que ainda me confortava.
Mas hoje não dá mais
Estou com um a sensação de busca incessante para um novo lugar, um novo MUNDO.

Enquanto terminava esse texto vi uma linda música que me descreve... e descreve o que tanto disse para você... desculpa! inevitável não lembrar do nós que você não queria mais falar...


Eu não vou desistir de nós 
Mesmo se os céus ficarem difíceis
Estou te dando todo meu amor
Ainda olho para cima 

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Um Dia Feliz!

Pôr do Sol no Pier Mauá dia 18/06/12



Que eu tenha sempre olhos para admirar as belezas que a natureza nos proporciona. Mas se algum dia o meu olhar endurecer, peço que Ela se encarregue de colocar na minha frente muitos mais dias como esse, apenas para me lembrar que apesar de tudo que possa parecer ruim ainda devemos resistir para ter a felicidade permitida pela beleza de estar VIVA!
Abraços,
JN


domingo, 17 de junho de 2012

Aprender


Escrevo quando a minha cabeça está fervilhando de frases e essas precisam se dissipar e ser detalhada para que, dentro de mim, seja feita um ordenamento de tudo que está acontecendo.
Semana intensa!
UFA, como chegar ao final dela com a sensação que sobrevivi a essa enxurrada de informações e de ações?
Pois bem, assim, para mim foi necessário esse texto. Para que dentro de mim também consiga congregar aquilo que faz sentido e eliminar aquilo que não me acrescentará nada na minha vida.
Assim silencio quando os conflitos parecem serem maiores que as alternativas para solucioná-los.
Poder organizar o que está fervilhando parece que essa sim seria a solução.
Escrevo...
Alguns podem pensar o por que da minha reaproximação e outros questionarão porque decidi me afastar...
Palavras sempre elas nos impactam tanto para o bom como para as piores impressões sobre as pessoas.
Não posso exigir muito das pessoas... talvez seja esse o erro que insisto em perpetuar. APRENDENDO!
Quem sabe um dia eu realmente perceba o significado de aprender...
JN

sábado, 16 de junho de 2012

Aos outros


Confiei
Novamente confiei
Confiei que as pessoas fossem sinceras umas com as outras
Confiei que, em se tratando de qualquer espaço, as pessoas podem confiar e continuar confiando
Me recolho
Me guardo
Silencio
Abraços,
JN

terça-feira, 12 de junho de 2012

Como é Grande o Meu Amor Por Você


Ontem, segunda, véspera do tão cobiçado pelos comerciantes Dia Dos Namorados. Passei rápido pelo shopping Nova América. Relutei para entrar já que estava apenas de passagem mas parecia que precisava entrar e encontrar uma coisa que me encantaria à primeira vista.
Em véspera de Dia Dos Namorados não poderia supor diferente assim, todas as vitrines estavam  rigorosamente decoradas para essa data tão desejada pelo comércio.
Passando em frente a um loja de artigos variados vi decorada a vitrine com uma enorme  frase “Como é grande o meu amor por você”.
Eu, na hora, enlouqueci! 
Nunca tinha visto uma fronha daquele jeito, tinha que tê-la. 
Embora a vendedora pensasse a todo momento que toda a minha euforia e meu desejo fosse porque desejaria presentear alguém,  eu me contentava de pensar que esse presente era para mim mesma.
A vendedora procurou mas nada de encontrar aquela que eu queria. Me ofereceu uma frase I Love You e eu enfática disse que queria AQUELA FRASE que estava na vitrine. A mesma para não perder a venda sugeriu que retirássemos da vitrine mesmo. 
Assim comprei. Retirada da vitrine já que era a última disponível na loja.
Vi de outra maneira a frase que sempre me completa e por que não dizer, já virou referência para meus gostos. 
Talvez às vezes eu exagere na divulgação dela. Mas quem se importa? Essa frase me traz recordações boas... e sempre será a minha confidente!
Abraços,
Juliana Nascimento

domingo, 10 de junho de 2012

Seguir


Arrumei, mais uma vez, minhas malas...
Será mais uma semana na minha interminável vida itinerante.
Quando voltarei ao ponto de partida?
Partir e voltar
Voltar e partir
São sempre assim
Não me intimidam
Não me calam
Não me libertam
Vou levar na bagagem aquilo que sinto e para mim será o suficiente para permanecer viva.
Respiro e sigo.
Quando pensar que já consegui ir para frente, olharei para trás, para os lados e para frente
E seguirei...
Abraços,
Juliana Nascimento.

quinta-feira, 7 de junho de 2012

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Lá na Barra...


Lá na Barra...
Em uma madrugada de domingo precisei ir à Barra
Lugar não tão acessível para mim tanto pela distância como o olhar que tenho sobre aquilo que considero ser um bairro. A Barra não me contempla  em nenhuma dessas duas considerações.
Mas precisava ir...
Acordei antes mesmo de o sol aparecer já que estamos em uma estação com noites mais longas.
Ainda escuro e para piorar era um domingo... pelo menos não era um domingo chuvoso! Ufa!
Mas enquanto o ônibus seguia o seu itinerário percebi que embora fosse domingo, o ônibus ficava mais cheio a cada parada que realizava.  Seguimos.
O silêncio dizia por si dentro ônibus. As pessoas permaneciam cansadas mesmo sendo domingo, aquele dia que muitos indicam como o dia do descanso.
Grande parte dos que estavam dentro desse transporte não pareciam que estavam indo descansar e sim estavam indo para mais um dia de trabalho. Estranho!
O ônibus subia lentamente a serra não por cautela e sim porque estava pesado demais para conseguir uma velocidade maior.
Enquanto eu me permitia admirar a serra que nos separa desse bairro observei que os passageiros estavam em um sono profundo e os que estavam em pé permaneciam desconectados da beleza que era apresentada pela natureza.
Quando finalmente chegamos ao novo mundo... o Sol já se apresentava soberano no céu dizendo que ele reinaria o domingo inteiro...
Linda imagem!
Abraços,
Juliana Nascimento.

domingo, 3 de junho de 2012

QUANDO OS TRABALHADORES PERDEREM A PACIÊNCIA



Por: Mauro Iasi


As pessoas comerão três vezes ao dia
E passearão de mãos dadas ao entardecer
A vida será livre e não a concorrência
Quando os trabalhadores perderem a paciência
Certas pessoas perderão seus cargos e empregos
O trabalho deixará de ser um meio de vida
As pessoas poderão fazer coisas de maior pertinência
Quando os trabalhadores perderem a paciência
O mundo não terá fronteiras
Nem estados, nem militares para proteger estados
Nem estados para proteger militares prepotências
Quando os trabalhadores perderem a paciência
A pele será carícia e o corpo delícia
E os namorados farão amor não mercantil
Enquanto é a fome que vai virar indecência
Quando os trabalhadores perderem a paciência
Quando os trabalhadores perderem a paciência
Não terá governo nem direito sem justiça
Nem juizes, nem doutores em sapiência
Nem padres, nem excelências
Uma fruta será fruta, sem valor e sem troca
Sem que o humano se oculte na aparência
A necessidade e o desejo serão o termo de equivalência
Quando os trabalhadores perderem a paciência
Quando os trabalhadores perderem a paciência
Depois de dez anos sem uso, por pura obscelescência
A filósofa-faxineira passando pelo palácio dirá:
"declaro vaga a presidência!"

terça-feira, 29 de maio de 2012

Sonho Meu...


Girassol!
Oi! Ainda aí?
Hoje, estranhamente, sonhei com você!
Foi um sonho tranquilo. Parecia que, pelo menos dentro dele, nós conseguíamos conversar e dizer aquilo que sentíamos.
Acordei leve e com a sensação das emoções realmente vivenciadas.
Estranho demais!
Paralisou-me!
Pensei e me perguntei repetidas vezes o por que dessa lembrança?
Talvez você esteja muito mais no meu subconsciente do que eu possa imaginar!
E o que isso concretamente, hoje, mudou em nossas vidas?
Não sei. Por mais que eu tente ter todas as respostas para todas as minhas perguntas, você ainda hoje é aquela que não consigo responder.
Talvez seja a incompreensão desse sentimento que emana quando falo/penso em você ou talvez seja por compreender minimamente que você foi o amor que eu tive...
Ahhh!! Sei lá...
Abraços,
Juliana Nascimento.
PS: Eu escreverei quando a saudade emanar!

domingo, 20 de maio de 2012

Dia 20 de maio: Dia do Pedagogo e Pedagoga


Hoje é um aqueles dias que tenho muito orgulho de comemorar!!
Hoje é DIA D@ PEDAGOG@!!!! 
Sim, eu sou PEDAGOGA!!
Gostaria muito nesse momento dizer parabéns e vamos comemorar!
Mas a categoria profissional está dilacerada e principalmente, por compreender o quão PEDAGOGA sou, que não consigo desvencilhar esse dia da necessidade urgente para tomar consciência da amplitude dos problemas que estão atingindo a categoria e, principalmente, esse dia deve ser marcado como de luta para melhores condições de trabalho, de ocupação dos espaços que são nossos e não de terceiros que mesmo sem nenhuma formação se auto intitulam coordenador ou supervisor pedagógico!
@s Pedagog@, principalmente, nos últimos anos, vem sendo questionado não para que se tenha a ampliação desse em outros espaços de importância mas, infelizmente, pela sua função dentro de espaços de atuação já garantidos. Essa desqualificada não vem do nada e também não é de maneira ingênua.
Somos especialistas da educação e dizer isso, para muitos, é como uma ofensa em meio ao discurso que vem sendo reforçado mais a cada dia: tod@s colocando o bedelho, seus valores pessoais e tudo o que quiser dentro do espaço escolar.
A escola não é um lugar sagrado ou intocado. É um espaço que, como em qualquer outro de convívio social tem  ganhos, tensões, perdas e conflitos. 
Sim, deixe-nos pensar à educação!! 
Sim, somos capacitados para isso.
Se tem cursos ruins de formação ou não compatível com o discurso da moda no qual reforça que essas instituições não estão “preparando” oestudante para lecionar. Digo que essa tensão sempre existiu. Não me venha falar que hoje a sociedade é outra pois, no tempo passado, ela também já foi considerada da mesma maneira. 
Para mim torna-se cada vez mais questionável pois preparados para que? 
Qual o “modelo” de educação estamos falando? 
"Milagres acontecem quando a gente vai à luta!!" Sergio Vaz
Ao longo da história da educação o Estado nunca se preocupou em debater ou perguntar para a sociedade qual educação ela queria para ela e hoje ele continua reproduzindo esse mesmo discurso. Parece redundante, mas a gente permanece aceitando essas interferências descabidas.
Hoje escrevo não apenas como a profissional mas principalmente como um grito de socorro para os rumos caóticos que vejo pela frente.   
Para mim, é mais que urgente nossa organização enquanto categoria profissional. 
Abraços, 
Juliana Nascimento

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Imagens


Hoje em meio a rotina de engarrafamento, me permiti olhar para o céu.
O dia que começou chuvoso, no meio da tarde, nos proporcionava no céu um belo azul com poucas nuvens. Mas dentre as poucas nuvem uma me chamou à atenção ou será que estava apenas na sua frente no momento que desejava contemplá-la? Não sei bem... apenas admirei!
Como criança escolhi dentro de mim a melhor forma para descrevê-la.
Parecia uma pessoa de braços abertos se jogando para o vazio...
Não sei se me faço compreender!
A imagem me remeteu a uma pessoa se jogando de forma tão plena sobre aquilo que acredita ser o melhor para ela. E essa imagem de tamanha liberdade foi me envolvendo a tal ponto de me reconhecer naquele gesto.
Estou me lançando para situações que me tiram da área de conforto e nem por isso tenho me sentido intimidada por fazê-las. Hoje, o meu referencial profissional e pessoal está mais amplo. Talvez seja também por isso que estou me distanciado de muitas coisas que não se encaixam na pessoa que sou hoje. Mas ao mesmo tempo, diante de tamanha inquietação e certeza de que muitas coisas do passado já não fazem muito sentido algumas são afloradas. Como se essas dissessem que não é bem assim! Talvez eu possa ser essa pessoa que está experimentando coisas novas, mas também a mesma pessoa que construiu tudo isso com os passos que foram dados no passado.
E eu penso que é isso mesmo...posso ser o hoje a soma do que fui ontem mais o que compreendi hoje. E nesse passado e presente me lembrei fortemente de alguém que sempre está nos meus pensamentos, talvez na história que eu queira acreditar, me permitiu ter esses impulsos de liberdade.   
Pois é, hoje, pensei em você! Porém me questionei por que de tantas coisas e situações que eu vivi, você ainda é a aventura na qual ainda não consigo desvendar em mim mesma? Gostaria que o tempo fosse o senhor da razão e também da emoção assim, acredito, me dissesse que tudo são bobagens que devem ser esquecidas.
Tento esquecer...
Abraços,
JN