sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Amar é



Hoje, eu te amei.
Amei vorazmente como já não fazia há muito tempo
Tempo esse cultivado com muito esmero
Mas, por vezes, nublado pelas exposições constante de felicidade tácita
Por fim, quando amei já não sabia muito bem porque amava
E mesmo assim
Eu simplesmente amava
JN

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

O dia em que o Centro do Rio de Janeiro parou

Hoje vi exatamente a cena desse filme... 
Quando cheguei ao centro me dei conta do tempo que não ando por esse espaço mas, percebi logo que teria muito para contar sobre esse passeio... 
Assim que sai do submundo do Metrô me deparo com uma pequena feira de livros na estação Carioca... passo rápido para não cair na tentação de comprar mais um livro!rsrs Logo à frente, na esquina do prédio Av. Central, tem um carinha lá em pé mas estático e feito de ferro apenas para me lembrar da exposição do CCBB... ah! tinha tb uma música rolando mistura de violino e batidas de RAP... Até que era uma boa combinação! 
Essas são algumas das vidas do centro do Rio de Janeiro mas está todo mundo muito apressado para observar esses detalhes. Porém, com o apagar das luzes, aquele monte de gente correndo sei lá para onde teve que parar.  De repente, plena Sete de Setembro com Rio Branco a luz acaba! Todo mundo meio que congelado pensando o que iria fazer... E por sorte eu já tinha saído do prédio, senão seria mais uma pessoa presa dentro de algum elevador! Só deu tempo de sair do prédio, olhar o relógio que marcava 15:03h e atravessar o sinal que fechava e já observava do outro lado da rua a ausência de luz. A loja de esquina totalmente no escuro, olhei para trás e percebi que não era apenas uma loja e sim o quarteirão inteiro! Todas as lojas estavam no escuro e os clientes esperando, afinal, nada funciona sem luz. Em algumas lojas o efetivo de funcionários correram para fechá-las, colocar correntes e os seguranças se aproximaram mais visivelmente das portas. Cenas características de uma cidade onde impera à insegurança. O normal é ter esse tipo de reação. E eu que saí do prédio pensando em comer alguma coisa, fiz uma verdadeira peregrinação já que os lugares não estavam disponíveis como desejava. Lugar para comer? tive que andar mais um pouco para conseguir... estranho essa saída da normalidade e faz a gente pensar como estamos dependentes mais do que nunca, da luz elétrica!! Nada funciona sem... os restaurantes todos com clientes na fila e um breu total. Algumas lojas tentaram manter a normalidade mas como mantê-la inalterada? Mas por fim, enquanto esperava a retomada da vida cotidiana, a Av. Rio Branco virou um lugar que as pessoas simplesmente descem dos prédios e  vão conversar na rua como se fosse mais um fim de tarde em qualquer cidadezinha tranquila!. :) 
JN. 
Rio, 08/08/2012 
PS:Uma crônica sobre os arredores do Menezes Cortez...rsrs

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Universidade Pública e seus abalos

Esse texto me fez recorda a mesa de abertura da Iniciação Científica da FIOCRUZ, lá em 2007. A mesa era com um representante da Universidade da Bahia não me recordo se era a única mas enfim, uma das poucas que já tinha feito adesão ao tal REUNI... na época, claro, era vendido como as meninas dos olhos! Tudo perfeito e me vi da platéia observando a empolgação dos alunos do Ensino Médio que estavam assistindo. Agora sim vamos entrar na universidade pública... e eu na minha inquietação fiz algumas perguntas simples para ele: Como colocar tanta gente em um espaço sem estrutura? Fala-se de restruturação curricular mas será que os profissionais da educação estão preparados para essa nova diversidade de saberes em uma única sala de aula? tive como resposta apenas que é uma coisa complicada... talvez estejamos pensando ainda em tirar a velharia de professores assim talvez tudo se resolva por si só...hehehe Na época, todos gostaram da minha pergunta...fui o orgulho da orientadora (que não estava presente mas antes mesmo de me encontrar já sabia do ocorrido). Mas hoje vejo que não demorou muito para aquilo que pensei lá atrás acontecer! E tenho que confessar, foi antes do que a gente imaginava!

Abraços,

JN

Para onde vão as nossas universidades

O ProUni fortaleceu faculdades de fachada. Já as federais, agora produtivistas, não têm nem prédios. Mas vozes privatistas, "de mercado", criticam a greve
A expansão do ensino superior durante os governos Lula e Dilma foi quantitativamente ampla, tanto para as universidades públicas quanto para as privadas.
O primeiro grupo vivenciou uma expansão dos campi muito significativa, através da profusão de cursos -muitos dos quais, entretanto, pautados pela razão instrumental, de qualidade duvidosa e em sintonia com a era da flexibilidade.
O segundo grupo viu o governo do PT mostrar também um lado generoso em relação aos mercados.
Faculdades em sua grande maioria de fachada, autodefinidas como "instituições do ensino superior", carentes de rigor científico mínimo em sua docência e pesquisa (esta, salvo raras exceções, inexiste neste ramo empresarial), tiveram seus cofres inflados com o ProUni.
Já que os pobres são tolhidos em larga escala das universidades públicas -uma vez que frequentam o ensino fundamental em escolas públicas, que se encontram destroçadas-, o governo Lula encontrou uma saída bárbara: reuniu-os nos espaços privados do ProUni.
De outra parte, deu-se positivamente a ampliação das universidades públicas, através da expansão dos cursos nas instituições federais e da contratação significativa de docentes. Mas o governo o fez deslanchando o Reuni, programa de expansão das universidades federais.
Constrangidos pelo produtivismo (anti)acadêmico e calibrados pela competição, há precarização de condições de trabalho. Os salários são baixos. A carreira, mal estruturada.
Mas o governo não contava que essa ampliação quantitativa tivesse fortes consequências qualitativas: a nova geração de jovens professores, doutores em sua grande maioria, parece não aceitar sem questionamentos esse lado perverso do Reuni, que quer assemelhar universidades públicas àquelas onde viceja o ProUni.
Dando aulas muitas vezes em galpões, sem salas de professores (quando há, sem condições de pesquisar), os docentes, cujos adoecimentos e padecimentos, para não falar de mortes, não param de se ampliar, decretaram uma ampla e massiva greve nas federais.
Querem melhores salários, condições de trabalho dignas e carreira efetivamente estruturada.
Os conservadores dizem, tentando mascarar o desejo pela completa privatização, que a greve dos docentes públicos é uma forma de "receber sem trabalhar". "Esquecem" algo elementar: qual docente, no juízo razoável de suas faculdades, quer arrebentar seu calendário e repor aulas quando deveria estar em férias?
Só mesmo as vozes conservadoras podem identificar uma greve, com suas atividades, assembleias, debates, desgastes, riscos e tensões, como "descanso remunerado", argumento histórico das direitas derrotado pela Constituição de 1988.
Para muitas dessas vozes, a pesquisa e a reflexão livres incomodam. Elas gostariam de privatizar as federais, convertendo-as ou em universidades profissionalizantes ou, ao menos parte delas, em "universidades corporativas", uma flagrante contradição, pois universalidade não rima com corporação.
Há um segundo ponto importante: muitos alegam que é preciso investir no ensino básico, o que os leva a recusar o apoio à universidade pública. Mas alguém seriamente acredita que aqueles que querem destroçar a universidade pública querem, de fato, um ensino básico público, laico e de qualidade?

RICARDO ANTUNES, 59, é professor titular de sociologia na Unicamp e autor de "O Continente do Labor" (Boitempo)

Alforria - Emília Casas


Homens de mim foram donos: Pai, marido, filho, amante

Já despertei do mau sono: De mim sou dona o bastante
Hoje caminho sem pressa
Com sorriso descansado
O olhar só de preguiça
Demorado como missa,
Mas cheinho de pecado
E assim, cheia de graça,
Sem ser a Virgem Maria
Mostro ao homem que passa
Minha carta de alforria
Não crê e diz que me quer(Aí começa seu drama)
De forno e fogão mulher
Mas já sou de mesa e cama
Caiam todos botões
Fiquem calças sem bainha
Guarde todos seus perdões
Pra outra falsa rainha
Sou mulher...isso me basta
Sem rei, sem cetro e nome
Nunca mais santa e casta
Com sede de amor e fome
Só quem escuta a lua
Meu gozo gemido escuta
E assim, só pêlo, nua
Minhas carícias esbanjo
Me entregando toda puta
Pra quem me enxerga só anjo!"



Me enviaram essa contribuição! ;)
Abraços,
JN

domingo, 5 de agosto de 2012

Menezes Cortes - Os contos embalados por esse espaço

IDEIA!! 
Conversando com algumas pessoas percebi um fato muito interessante e, ao mesmo tempo, instigante para bons contos. Muitos dos reencontros da vida tem como cenário a região do centro do Rio de Janeiro, precisamente a região entorno do Menezes Cortes (R. São José, Av. Nilo Peçanha...) por isso estou lançando a ideia. Se você encontrou alguém que não esperava encontrar enfim, uma daquelas coincidências da vida, onde duas pessoas estão no mesmo lugar. Vamos juntar essas histórias!! Vale só contar como foi e o desenrolar do encontro mas não precisa citar o nome da outra pessoa... vamos registrar esse momento... Bem, vou arriscar o meu conto. Caso queira participar, manda mensagem...bjuss!