domingo, 15 de agosto de 2021

Como se escreve?

 

Uma bela família


    Quando Joey tinha somente cinco anos, a professora do jardim de infância pediu aos alunos que fizessem um desenho de alguma coisa que eles amavam. Joey desenhou a sua família. Depois, traçou um grande círculo com lápis vermelho ao redor das figuras. Desejando escrever uma palavra acima do círculo, ele saiu de sua mesinha e foi até à mesa da professora e disse: Professora, como a gente escreve...? Ela não o deixou concluir a pergunta. Mandou-o voltar para o seu lugar e não se atrever mais a interromper a aula. Joey dobrou o papel e o guardou no bolso. Quando retornou para sua casa, naquele dia, ele se lembrou do desenho e o tirou do bolso. Alisou-o bem sobre a mesa da cozinha, foi até sua mochila, pegou um lápis e olhou para o grande círculo vermelho. Sua mãe estava preparando o jantar, indo e vindo do fogão para a pia, para a mesa. Ele queria terminar o desenho antes de mostrá-lo para ela e disse.

-Mamãe, como a gente escreve...?

- Menino, não dá para ver que estou ocupada agora? Vá brincar lá fora. E não bata a porta, foi a resposta dela. Ele dobrou o desenho e o guardou no bolso. Naquela noite, ele tirou outra vez o desenho do bolso. Olhou para o grande círculo vermelho, foi até à cozinha e pegou o lápis. Ele queria terminar o desenho antes de mostrá-lo para seu pai. Alisou bem as dobras e colocou o desenho no chão da sala, perto da poltrona reclinável do seu pai e disse .

- Papai, como a gente escreve...?

- Joey, estou lendo o jornal e não quero ser interrompido. Vá brincar lá fora. E não bata a porta. O garoto dobrou o desenho e o guardou no bolso. No dia seguinte, quando sua mãe separava a roupa para lavar, encontrou no bolso da calça do filho enrolados num papel, uma pedrinha, um pedaço de barbante e duas bolinhas de gude. Todos os tesouros que ele catara enquanto brincava fora de casa. Ela nem abriu o papel. Atirou tudo no lixo.

Os anos passaram...

Quando Joey tinha 28 anos, sua filha de cinco anos, Annie fez um desenho. Era o desenho de sua família. O pai riu quando ela apontou uma figura alta, de forma indefinida e ela disse: Este aqui é você, papai! A garota também riu. O pai olhou pra o grande círculo vermelho feito por sua filha, ao redor das figuras e lentamente começou a passar o dedo sobre o círculo.

Annie desceu rapidamente do colo do pai e avisou: eu volto logo! E voltou. Com um lápis na mão. Acomodou-se outra vez nos joelhos do pai, posicionou a ponta do lápis perto do topo do grande círculo vermelho e perguntou:

Papai, como a gente escreve amor? Ele abraçou a filha, tomou a sua mãozinha e a foi conduzindo, devagar, ajudando-a a formar as letras, enquanto dizia: amor, querida, amor se escreve com as letras T...E...M...P...O (TEMPO). Conjugue o verbo amar todo o tempo. Use o seu tempo para amar. Crie um tempo extra para amar, não esquecendo que para os filhos, em especial, o que importa é ter quem ouça e opine, quem participe e vibre, quem conheça e incentive. Não espere seu filho ter que descobrir sozinho como se soletra amor, família, afeição.

Por fim, lembre: se você não tiver tempo para amar, crie. Afinal, o ser humano é um poço de criatividade e o tempo...Bom, o tempo é uma questão de escolha.

Autor Desconhecido

Publicado em 15/08/2011

Dez anos se passaram e senti vontade de re-publicar essa magica da família.

domingo, 27 de junho de 2021

O conto do tomate

O conto do tomate.
Estava no supermercado, domingo...sim!! Descobri que domingo a tarde é um bom horário para não encontrar QUASE ninguém por lá.
Como sempre tem gente nova por aqui,  lembro sempre da minha pouca amorosidade por este lugar assim, considero que, ninguém precisa compartilhar do meu tédio e do meu pouco humor em estar neste ambiente. Enfim, consegui uma vivência QUASE perfeita e do jeito que eu queria, até que dessa vez no caixa, o atendente deu de analisar as minhas compras... Comentou da mostarda... E lá foi ele falando: 
Qual o preconceito com a mostarda? 
Eu: ahãm?! 
Ele: qual o preconceito com a mostarda? Por que a mostarda é o menor do kit?
Eu ri para encurtar o diálogo.
Depois uma caixa três, eu disse TRÊS,  nichos depois, gritou: o que é isso?!
O caixa: o que? 
A caixa: a lata!!
O caixa: essa... Levantando a lata. É tomate!! 
E começou uma conversa paralela sobre as minhas compras de novo...
O caixa: aqueles tomates na lata... Aquelas coisas que querem imitar os  americanos. 
Nessa hora, minha pouca paciência, não aguentou e enfiando tudo na bolsa, disse: ainda bem que tem essas coisas AMERICANAS. Ainda bem que, finalmente, o supermercado sabe o que o cliente deseja comprar. 
Assim, finalizamos o atendimento sem mais nenhuma interrupção. 
E eu mais uma vez desejando que chegue logo aquelas máquinas que a gente mesmo passa a mercadoria e paga sem um terceiro avaliando/observando as nossas compras aqui no Brasil. 
Essa falsa intimidade me cansa profundamente!! 
JF, 27/06/2021.

sábado, 24 de abril de 2021

O TEMPO NÃO PARA...

 



Essa semana em diversas situações fui provocada a pensar sobre o TEMPO que me dedico as pessoas.

Sim, isto também vira, SEMPRE, uma questão. Alguns não compreendem o TEMPO que dedicamos a eles.

Não compreendem o tempo que também não dedicamos quando já percebemos que não querem melhorar.

É tudo muito cíclico. Você demostra interesse em estar com aquela pessoa e a pessoa devolve a mesma quantidade de interesse em estarem crescendo juntos. É isto que me move!

Quanto mais eu vejo que me fornecem mais tempo me permito fornecer. Crescimento Humano é o que me move! Observe!

Não se limite, mas também não me limite na sua inconstância. Ou você está neste mundo para crescer enquanto Deus lhe permite estar por aqui, ou será apenas mais um poste nesse mundo.

Você escolhe!

Eu escolhi VIVER!

Não me peça para ficar porque você não quer evoluir, não quer estudar, não quer se desafiar, não quer... e não vem com a frase da moda: está tudo bem. Não está tudo bem.

De fato: Você só não quer mexer com aquilo que te acomoda. Digo isto também para mim!! Toda vez que vejo minha resistência em fazer algo “chato” ou algo que percebo que vai “desequilibrar” o que até então estava naturalizado. Paro. Respiro. Silencio.

Detesto essa sensação de naturalização dos maus hábitos, daquilo que temos que enfrentar, ficar cara a cara encarar de frente e resolver.  RESOLVO!

Sou prática em muitas coisas... temos a tecnologia que nos permite nos aperfeiçoar cada vez mais, as modernidades domésticas que deixam qualquer organização doméstica mais fácil, mobilidade urbana também temos... tudo aí para nos servir e nos melhorarmos, mas, se mesmo assim eu não quero, é também a minha escolha. Se é boa ruim para você, eu não sei. 

Para mim é! 

Não entendo e não quero entender quem, se limita de tantas formas. São escolhas. 

O que me irrita profundamente é esse movimento das pessoas de sempre colocarem isto na conta de outra pessoa. Exemplo: não faço isto porque, tal pessoa não deixa... não faço isso porque meu trabalho me suga, não faço porque não tenho TEMPO. Não me justifique o seu desinteresse com essa ladainha. Seria mais digno dizer que você não quer fazer. 

Jogue LIMPO com as pessoas. Ninguém deve ter a responsabilidade sobre a sua vida. Não coloque esse peso de responsabilidade na vida de ninguém. Tudo que você faz é sua culpa. Decida! 

Abraços, JF. 25/04/21

 #juajudandocomdica #respireenãopire