sábado, 11 de setembro de 2010

Serenidade

Acordei!
De repente voltei do tempo que, acreditava estar a um passo de permanecer em momentos sublimes de um dia, uma tarde ou uma noite...não sei bem!
Não me lembro. Talvez ficaram realmente pelo caminho e por mais que eu faça um esforço para tentar lembrar, essas recordações foram apagadas da minha memória.
Percebi que, por algum motivo, eu cresci e amadureci a tal ponto que, as memórias infantis formaram apenas um painel de fundo para sustentar as diversidades que foram sendo perpetuadas ao longo da minha vida.
Talvez a determinação na conclusão de projetos, fases e momentos tenham direcionado para os momentos no qual vivi, estou vivendo e viverei. Se estiver certa ou errada não cabe a ninguém me avaliar. Mas, também me cabe a hora de dizer e entender que basta. Algumas coisas foram suficientes para o meu aprendizado porém, que aprendizado será esse que não é concluído? Talvez esteja ainda imatura para entender ou tentar explicar sobre isso mas, para alguns esse tempo já passou e permanecer na repetição das situações me parece impactar no meu crescimento e na minha condição de pessoa adulta.
Não entendo como poderão permanecer eternos adolescentes mas para mim, esse mundo não me pertence há um certo tempo e tolerar determinadas situações ficou cansativo e ao mesmo tempo pouco interessante. Difícil falar ou demonstrar que estamos adultos pois, isto é assumir os riscos pelas nossas próprias ações e muitos, pela comodidade e inércia, preferem delegar essa responsabilidade para terceiros.
Desculpe!
Mas, para mim, essa é a prova de que eu posso controlar com as minhas rédeas a minha vida, sem interferências, sem pré-conceitos de segundos ou terceiros, sem demonstrações de projetos que não foram concluídos. Cada um tem seu momento e tempo e o meu parece que é agora...
Estou indo embora!
Ser adulta não é achar que ficaremos ranzinzas, pararemos de assistir desenhos, não falaremos mais abobrinhas ou admirar as pequenas e mais singelas coisas da vida.
Pelo contrário!!
É a certeza que o futuro é incerto mas, ele deve ser encarado de forma séria e sem medo do que virá pela frente. Essa decisão é difícil pois é preciso que eu entenda que as coisas precisam ser direcionadas por mim e concluídas, apenas por mim.
Não me convide para tomar a decisão que lhe cabe, talvez eu já tenha dado-lhe a resposta que tanto precisava ouvir mas, ainda não é o seu momento. Exigimos lealdade, amizade, amor, paixão e tantos outros sentimentos que são subjetivos. A certeza de recebê-los é sempre uma incógnita e sempre estaremos inseguros da resposta. Talvez possamos percebê-los mas, o que serão deles se o outro simplesmente os disser mas, na prática, ele mesmo se contradizer? Será sempre duvidosa a resposta dessas questões!
Exigir que se comporte pelo que seja socialmente aceitável não quer dizer que, não queira realizar tudo ao contrário mas, para o seu julgamento hipócrita, pesará uma atitude coletiva.
Isso importa? Para mim sim, a percepção das atitudes tortas e discrepantes são necessárias na arte de se relacionar. Não acredito em palavras que se contradizem, talvez possa enganar muita gente mas a mim, permitiu refletir. Chegamos ao fim da viagem, sem lembranças que possam trazer momentos de volta. Apagar da memória parece difícil mas, cabe a quem escreve a minha história apagar...apenas apagar!

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