sábado, 29 de janeiro de 2011

Sol-idão

Pelas horas que se passaram, ao longe, vejo o entardecer
Hoje no horizonte do mar, vi o Sol se esconder
E porque você se esconde?
Lá no alto, quase que no mesmo instante, vejo a Lua aparecer
Iluminada
Parece jogo de esconde-esconde. E nesse, os dois nunca se encontram
E por quê?
Justamente porque se o encontro acontecer, Sol e Lua, perderiam o encanto. Será?
Um jogo de solidão e silêncio que machuca os que observam esse desencontro
Luminosidade trazida pelos dois mas nunca ao mesmo tempo
Inspiram bons pensamentos nos que os observam
Amanhece e quando percebem estão tentando não lembrar que o outro existe.
No passar do tempo e de tanto fugirem desse contato o destino vem presenteá-los com um encontro
Apaixonante e lindo
Tudo fica escuro, como que quisessem que ninguém percebesse
Esse de tão magnífico, faz com que todos todos os olhares se voltem para eles
A venerar, Sol e Lua, sendo possuídos um pelo outro
Momento que eles tem a certeza, foram feitos um para o outro
O encaixe é feito de forma tão intensa que não importa se durou segundos ou horas serão eternizados por todos, como o mais belo fenômeno.
E porque isso?
Para nos lembrarmos que a nossa vida também é assim. Alguns poucos momentos serão eternizados em nossa memória. A intensidade fará parte das nossas vidas e por mais que estejamos dispostos a esquecer, nossa memória se dará o direito de preservar cada momento vivido e nos obrigará a relembrar, sempre, desses momentos importantes.

Um comentário:

  1. Esse texto já estava escrito somente não postei antes. Foi de dezembro de 2010. Reli hoje e decidi postá-lo. gostei...e vem pra complementar o que Cecília já estava dizendo no post anterior. Sintam-se contemplados com mais esse texto.

    Abraços,

    Juliana

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