quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Quando foi que acabou?


Olhei hoje pela janela do ônibus e parecia que, por algum motivo, o trânsito ou talvez a necessidade de transgredir aquele espaço me fizeram lembrar daquilo que já passou.
Sem delongas, lá estava eu vendo meu reflexo no vidro e pensando no que passou.
Por um tempo pensei que aquilo foi o fim.
O fim quando não mais nos olhávamos.
O fim quando o que mais desejávamos eram os momentos solitários.
Os encontros eram combinados sem convergência ou emoção.
Estávamos, realmente, cada um em um dos estremos e cada vez menos perceptíveis ao que estava acontecendo.
Pelas nossas idas e vindas, o tempo foi apenas a ida.
O vindo findou.
O silêncio se tornou cada vez mais expressivo.
Partindo de nós mesmos e quando nos entreolhamos apenas o distanciamento se fez presente.
Aos pares, hoje, fazem solidão.
Cada um seguiu sozinho.
E sozinho permaneceu.

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