quinta-feira, 14 de julho de 2011

Frase que faz sentido, hoje!

"Quando me amei de verdade, comecei a perceber como é ofensivo tentar forçar alguma situação ou alguém apenas para realizar aquilo que desejo, mesmo sabendo que não é o momento ou a pessoa não está preparada, inclusive eu mesmo. Hoje sei que o nome disso é... Respeito." Chaplin

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Contando uma nova história

Para alguns leitores devo parecer como uma escritora sofrida ou melancólica  posto que relendo meus post, eles descrevem um certo sofrimento. Desculpe! não é essa impressão que gostaria que tivessem de mim. Mas tenho que admitir que minha produção é maior quando estou com raiva. E para a minha motivação são sempre os textos que recebo os melhores elogios dos leitores. Engraçado perceber como a escrita vai entrando em nossas vidas de maneira tão intensa e quando percebemos estamos dialogando e ao mesmo tempo, organizando nossos pensamentos.
Hoje dedicarei a escrever sobre pessoas que fazem o meu dia-a-dia mais alegre. Estou falando das pessoas que trabalham comigo nos mais diferentes locais desse imenso Estado do Rio de Janeiro. Esses, assim como eu, vivem nessa loucura de fazer a educação pública de qualidade acontecer em cada sala de aula.
Falarei de pessoas que me fazem tão bem... Semana passada comentei. Estive em um lugar que a estrutura do município é construída para que a realidade seja entendida como sofredora. O transporte urbano, as ruas com tantos buracos mesmo no centro desse município, a poeira enfim a falta de estrutura urbana desse município que a cada temporada que estou lá, me parece mais expressiva. Pois bem, não necessariamente essa descrição seria suficiente para descrever a população que lá reside. A comunidade é muito mais solícita e cuidadosa com as pessoas sejam essas, visitantes ou moradores. Nesse município o diferencial são as pessoas!
A rotina de trabalho não as deixam desanimadas ou mal-humoradas. Teríamos tudo para apostar que diante de tanto sofrimento, de tanta incompreensão e de tanta falta de investimento dos governantes os profissionais seriam desanimados ou pouco preocupados com a sua prática. Mas o que os motiva? Encontrei a resposta em mim mesma...para todos de alguma forma esse processo faça algum sentido.
Como escrito por Eduardo Galeano "A utopia está lá no horizonte. Me aproximo dois passos, ela se afasta dois passos. Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos. Por mais que eu caminhe, jamais alcançarei. Para que serve a utopia? Serve para isso: para que eu não deixe de caminhar".
Às vezes percebo que na baixada ou no interior as pessoas são mais solícitas e cuidadosas com os seres humanos. Talvez seja por não estar diariamente nesses lugares que essa percepção é emanada em mim. Seja como for, é melhor assim. Essas pessoas sabem o que realmente importa nessa vida. Talvez meu sorriso seja mais LIVRE nesses lugares pois eles me lembram como tudo é tão lindo e por que não, como eu também sou. Nossa vida cotidiana nos consome de tal forma que deixamos de nos elogiar, cortejar ou simplesmente olhar verdadeiramente a pessoa que está ao nosso lado. Estranho como nos percebemos em uma dinâmica tão louca que o ato de acordar e dormir ficam restrito por atitudes totalmente mecânicas e repetitivas.
A vida pode ser muito mais que pessoas chatas a sua volta. Se o baixo-astral invadir o seu ser, que ele não te contamine por completo. Retire esse sentimento o mais rápido possível de você.  Na falta de motivações internas,
vá vê as pessoas na rua,
vá vê o dia que está diariamente te dizendo e te mostrando que está ali, mas você estava sempre muito ocupada para percebê-lo.
VIVA!!!
Aproveitando junto com essa minha reflexão semanal tive a oportunidade de assistir essa entrevista que, como penso, a maneira como contamos uma história pode criar esteriótipos.
"O poder é a capacidade de não só contar a história de uma outra pessoa mas de fazê-la a história definitiva dessa pessoa"

Abraços,

sábado, 2 de julho de 2011

O dia que eu espero a certeza que nunca virá....

Hoje tem exatos 30 dias que uma nova realidade me foi posta. Fui questionada sobre a minha competência como Pedagoga para lecionar para alun@s do curso Normal (ensino médio).
A academia que por muitos anos acreditei ter me preparado para o mercado de trabalho público, não correspondeu a realidade. Talvez eu tenha subestimado a minha graduação. O curso de Pedagogia me parece, hoje, uma incógnita. Eu que acredito na educação pública de qualidade, estou sendo impedida de ocupar esse ambiente que tanto almejei alcançar.
            Para mim, essa realidade me apresentou uma dinâmica que está sendo construída para desqualificar a formação do pedagogo. Para aqueles que me perguntavam durante a graduação o que o pedagogo faz, e prontamente, respondia. Hoje não tenho tanta certeza da resposta a ser dada. Já que nem eu sei mais em que espaços eu posso atuar. Chegar depois de dois anos de conclusão do curso em uma universidade pública e me perguntar para que serve, tem me deixado um vazio. Esse que será ocupado por nada além da aflição de ser desafiada a prosseguir.
O espaço deixado por essa burocracia arcaica também me remeteu a uma reflexão realizada ainda na universidade. De fato, se estamos em uma sociedade letrada onde o único modo de comprovação de sua capacidade é através do que está escrito em um papel me questiono porque a Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ, não escreveu no meu diploma aquilo que a burocracia enxerga como válido. Pois é, a universidade me capacitou para passar em um concurso público do Estado do Rio de Janeiro mas não para legitimá-lo dentro de uma sala de aula. E por quê? Também estou me fazendo essa pergunta há um mês e ainda não encontrei a resposta. Talvez seja a inércia política que envolve qualquer unidade de ensino que engessa as decisões que realmente são importantes.
Cada um por si esse é o lema, como Bauman relata muito bem, da pós-modernidade. E a educação, embora tente se enraizar em um passado tão distante dessa nova sociedade, também se percebe como autora de situações que contradizem com seu ideal de educação pública e de qualidade para todos.
Não estou questionando o meu profissionalismo e/ou minha carreira escolhida para o mercado de trabalho, apenas refletindo sobre a dinâmica social do momento, que me faz observar com muito mais cautela sobre tudo e todos.
Talvez a impressão de dias melhores e meu otimismo característico tenham tirado férias sobre isso. Quando eu reencontrá-los, volto a escrever sobre coisas mais amenas.
Abraços,

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Confuso


Vontade de escrever...
Escrever apenas para organizar aquilo que está tão confuso e conflituoso... meus pensamentos!
Hoje tenho refletido sobre como o ser-humano é egoísta. Somos todos impulsionados pelo nosso egoísmo. Se sentir usada não no sentido sexual, hoje refletindo sobre isso, penso que essa é até a mais sincera da utilização de uma pessoa. Ser usada na convivência é estranho e por muitas vezes, pouco perceptível no dia-a-dia. Quando essa é notória já está tarde demais para retroceder e por que não, fazer tudo ao contrário.
Devemos aprender...
Aprenderemos a nos defender a cada nova iniciativa semelhante a essas em nossas vidas. E quando esse tipo de situação aparecer, ficaremos mais cautelosos.  Acometeremos nosso ser por um sentimento de desprendimento sobre aquilo que os outros entendem como urgente. Percebendo nossa anuência, esses parasitas tentaram te pressionar. Mas não nos abateremos...
A vida talvez entenda o que estou dizendo...e isso me basta!
Abraços

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Late Ilusão Elisa Lucinda

Em noite de lua cheia
geme ao meu lado o meu cão
acabado de chegar
late ilusões ao meu ouvido
e meu sentido
diz que ele veio pra ficar
Mas a vida passa e vira
páginas da folhinha
o que era cheia e domingo
foi minguando em segundas e terças
e meu homem, minha besta
voltou novo e repetido
como se fosse ficar até sexta
três dias de ele chegando de madrugada
Três dias de ele nadando na minha água
Conversas de homem e mulher
beijo na boca
tirar a roupa
novos latidos de ilusão no meu duvido
meu homem partiu na derradeira manhã
todo agradecido
dos momentos de amor que uivou comigo
eu fiquei lua sozinha no céu com aquela saudade amarela
e ele na terra cantando latindo partindo
uivando pra ela

domingo, 5 de junho de 2011

O que sentir? [2]

Nem preciso comentar o tanto que estou chateada com essa situação. Ler que os ex-alunos da UERJ em 2011 ainda estão sendo questionados me parece até para a UERJ um vazio...como vários de seus alun@s passam por um concurso público dessa dimensão e não consegue ocupar os espaços da educação pública.

Minha preocupação é como colocar esse complemento no meu currículo já que na UERJ ainda está pensando se abrirão vagas para ex-alunos e o retorno que tive de alguns que manifestaram o mesmo problema (mas nenhum se encontra no meu caso) foi que procuraram mas as universidades não oferecem esse acréscimo.
 
Me parece que isso é mais do que urgente de ser feito mas eu não entendo muito dos tramites burocráticos. Apenas sei que me senti, na hora, um nada de tanto que reviraram o meu diploma...pior foi ouvir que no diploma das Universidades privadas isso vem escrito. Se o cara realmente tem a competência de lecionar, pouco importa! o debate é apenas da impressão das malditas palavras disciplinas pedagógicas para lecionar para o curso normal que estão mudando, nesse momento, toda a trajetória da minha vida. Dá vontade de falar assim "olha só, vcs (UERJ) sabem que a gente tem essa competência mas eles querem ler isso, então coloca aí em um papel timbrado que eu tenho essa habilitação para disciplinas pedagógicas e pronto!" mas não, seremos corretos e de tão corretos estamos perdendo espaços políticos de base...
Pior disso tudo foi chegar em casa e tentar explicar para os meus pais, que entendem a educação como o bem mais importante e batalharam muito para que isso acontecesse, que o meu diploma não foi aceito! meu pai até agora continua repetindo que não consegue entender...Mas tenho que tirar algum aprendizado disso tudo mas ainda estou agindo com muita emoção...
Minha impressão é que nos formamos em um momento de transição onde ninguém sabia o que iria fazer com o curso Normal e pensando em uma possível extinção (que não existiu), a gente não pensou em manter essas palavras no diploma.
Vai passar esse sentimento de revolta!!! até por que preciso me concentrar nos que virão...enquanto isso vou aguardando a resposta da SEE e me respaldando para pelo menos ganhar tempo...
Muito doido tudo isso!!!afff

O que sentir?

Olá amig@!
Sou ex-aluna do curso presencial de Pedagogia da UERJ, me formei em 2008.2.  Sexta-feira recebi o telegrama para o meu comparecimento (02/06/2011). Fui convocada para comparecer para o inicio de investidura como docente I de disciplinas pedagógicas para o curso normal, concurso esse realizado em 2007 pela Secretaria Estadual de Educação do Estado do Rio de Janeiro. Assim procedi. Portando toda a documentação exigida incluindo o diploma que me certifica com bacharelado e licenciatura plena, chegando na metropolitanda fui encaminhada para outro prédio localizado fora da metropolitana em questão para que meus documentos fossem avaliados.
Compareci à inspeção escolar e com duas avaliadoras na minha frente as mesmas discordaram sobre a minha formação. Uma entendeu que eu estava apta já que no diploma está dizendo que eu tenho licenciatura plena e para outra que me negou e trabalhou para que uma terceira opinião fosse também da mesma opinião da dela, disse que no meu diploma não estava explicito nas habilitações a minha capacidade para lecionar disciplinas pedagógicas no curso normal.
Relatada a negativa retornei a metropolitana para dar entrada no processo questionando a negativa. Porem preciso me respaldar sobre o ocorrido.
As mesmas estavam intimidadas pois sabiam de casos de funcionários que estavam sendo processados individualmente por terem permitido que ex-alunos da UERJ tomassem posse sem a devida habilitação (segundo elas). Posto que o meu diploma quando por elas visto que era da UERJ, foi lido e minuciosamente questionado. Me senti péssima pela situação!!!! E me perguntei exatamente como a Universidade do Estado do Rio de Janeiro é questionada pela própria Secretaria de Educação do Estado do Rio de Janeiro.
Em 2008, eu ainda em formação na UERJ, me recordo que aconteceu uma mobilização sobre a impossibilidade de alguns alunos da UERJ que, embora tenham passado no concurso público para disciplina pedagógicas, estavam sendo impedidos de tomarem posse devido a divergência de informação sobre nossa habilidade para tal função. Após a negativa, estive na UERJ e o que consegui foi um parecer CEE Nºx, 18 de outubro de 2008, com a Marcia Cabral Coordenadora de Graduação. O mesmo lido, com calma, fala exatamente o que acredito e tenho questionado. Nele assegura que todos os alunos estão aptos para lecionar em disciplinas pedagógicas. Mas a minha dúvida é se ele foi homologado, posto que ao final não possui os nomes dos referidos relatores e na internet não estou encontrando nada sobre o assunto.
Gostaria imensamente que se alguém souber de algum caso parecido me ajude a entrar em contato com essa pessoa ou o processo. Preciso saber se as pessoas que entraram tiveram seus processos aceitos e tomaram posse no Estado do Rio de Janeiro tendo como referência o concurso de 2007.
Abraços!